No Recife e no Rio, Prato Firmeza chega às feiras agroecológicas


 

Crédito: Walisson Rodrigues

 

Quem acompanha a Énois, sabe que um dos nossos últimos lançamentos foi o “Prato Firmeza: um diálogo entre campo e cidade” (conhecido também como PF5). Reunimos 10 iniciativas de comunicação de todas as regiões do Brasil para mapear estabelecimentos periféricos que têm fornecimento local ou do campo com a primeira edição nacional do guia gastronômico das quebradas.

Essa experiência nos trouxe uma grande reflexão: QUANDO PAUTAMOS O NOSSO SISTEMA ALIMENTAR, ONDE QUEREMOS CHEGAR?

A Agência Lume, do Rio de Janeiro, e o Coletivo Tejucupapos, do Recife, parcerias nossas no PF5, trouxeram respostas valiosas sobre o assunto…

Na capital carioca, no bairro da Freguesia, acontece há 10 anos uma feira agroecológica abastecida com produtos locais do bairro de Jacarepaguá e dos municípios de Magé e Queimados. Foi em meio ao cheirinho de alimentos da terra e o barulho do trânsito  que o Prato Firmeza simplesmente se espalhou.


“Distribuímos na feira para trabalhadores, expositores que estão conectados com a produção do alimento orgânico”, afirma Douglas Teixeira, integrante do coletivo que vê o guia como um  “produto-ponte” para dialogar com a população.

Muito bom, né?
Quem produz os alimentos que chegam na nossa mesa sabe que a comunicação pode ser impulsionadora de uma alimentação saudável.

No guia, a maior parte dos estabelecimentos de comida mapeados pela Lume têm relação com feiras agroecológicas, dicas de onde comer bem e saudável valorizando quem produz o nosso alimento.

No Recife, em Pernambuco, o Coletivo Tejucupapos distribuiu parte dos livros PF5 para os estabelecimentos mapeados na cidade. O Siricutico Bom de Boca, localizado no bairro da Várzea, é uma cozinha tocada por Lídia Lira e tem conexão direta com a feira agroecológica local.

Lídia é uma mulher que vive a luta pela alimentação saudável e acessível de maneira intensa em seu estabelecimento. Levou o guia para a barraca Paulo Freire, mantida na feira, e também coordenada por ela.

“Buscamos estimular a reflexão sobre o alimento para além da comida. Trabalhamos vários temas de interesse da população e temas necessários para a formação crítica”, conta. A barraca é um espaço de “divulgação de processos para a consciência crítica”.

Quinzenalmente,  acontecem rodas de conversa na feira, que pautam fatos conjunturais da política e da vida das pessoas, buscando deixar disponíveis conteúdos que fortalecem a “imunidade física, mental, espiritual e política” das pessoas, como explica Lídia.

A ideia do Siricutico foi lançar o “Prato Firmeza: um diálogo entre campo e cidade” para moradoras, pesquisadoras e estudantes do bairro recifense da Várzea.

É diante desses dois relatos que a Énois sabe responder bem onde queremos chegar pautando o sistema alimentar… Chegar a quem come e precisa ter novas possibilidades mais saudáveis e chegar a quem produz e dizer que estamos juntas e podemos reivindicar transformações sociais a partir da comunicação. Lembrar que o jornalismo tem o papel de ser mola propulsora da melhoria de vida nos territórios.

Concordamos com Douglas, do RJ, que  o guia pode ser um “produto-ponte”. Vemos como ponte de diálogo sobre o nosso sistema alimentar e que dá para fazer isso com incentivo à cultura de forma bonita e potente.

Inclusive, já falamos sobre a metodologia do Prato Firmeza no IJNet também. Uma trajetória que vem se construindo há muito tempo.

Conversa massa, né? Que bom que a gente está aqui com vocês!
E para quem se interessou pelo PF5, se liga que tem podcast com produtores locais de 10 capitais do Brasil: CLIQUE AQUI!

A gente se encontra na próxima edição!
Énois que tá junto! heart

                                                                                         

                                                                                                     Glória Maria 

                                                                                           Comunicadora Institucional

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