Adicionalmente, há uma divisão de opiniões no Fed:








1- Grupo menor e mais conservador, que deseja que a inflação atinja a meta de 2% (núcleo do PCE) para somente depois cortar juros

2- Grupo majoritário que aceita cortar os juros mesmo com a inflação acima da meta. Há sinais de que o mercado de trabalho e consumo pioraram e, para evitar uma recessão, aceitam agir antes desde que os dados de inflação sugiram convergência para a meta. Jerome Powell está neste grupo, ele passou a mensagem na quarta-feira que cortará os juros este ano. Mais no artigo de Nick Timiraos:
]https://www.wsj.com/economy/central-banking/federal-reserve-interest-rate-cuts-rulesbd19a124?st=xo5y3x8pkbd1c66&reflink=mobilewebshare_permalink

Os investidores apostam no corte de juros em junho e o Fed, desde 2009, nunca foi contra a aposta do mercado. Mas os sinais de inflação de março não são animadores e, assim, é provável corte de juros somente em julho. O que mais importa é o recado do corte de juros, já que o Fed irá tolerar inflação mais elevada do que a meta e prova disto é a projeção para o núcleo da inflação em 2,6% e 3 cortes de juros este ano. O núcleo, segundo a projeção, somente atingirá a meta em 2026. Aliás, não somente o Fed parece mais tolerante, mas os BCs do G10 em geral.

José Faria Júnior, economista e planejador financeiro CFP pela Planejar

Comentários