Morreu o filósofo, dramaturgo, poeta e professor brasileiro, Carlos Henrique Escobar


aos 89 anos.

 


Nascido em 11 de novembro de 1933, ingressou na militância política cedo, enfrentando sua primeira prisão aos 15 anos. Com 17 anos escreveu sua primeira peça, Antígona América, produzida por Ruth Escobar, dirigida por Antônio Abujamra e com atuação de Sérgio Mamberti e Dina Sfat.

 

Ao longo dos anos, Escobar publicou diversos livros, entre eles: Proposições para uma semiologia e uma linguística (1973), Marx Trágico (O Marxismo de Marx) (1993), Marx: Filósofo da Potência (1996), Nietzche ... (Dos “Companheiros) (2000) e Zaratustra – O corpo e os povos da tragédia (2000).

 

Tendo participado da fundação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, além de professor das Faculdades Integradas Hélio Alonso e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, o nome de Escobar marcou o cenário intelectual brasileiro durante a segunda metade dos anos 1960 até a primeira metade dos anos 1990.

 

Autodidata, recebeu o título de Notório Saber, concedido pela UFRJ em janeiro de 1986.

 


Autor de diversos livros importantes, entre filosofia, poesia e ensaios, Escobar se aposentou em 2000, mudando-se para Portugal, com sua companheira Ana Sachetti e seu filho Emílio Sachetti Escobar. Em fevereiro de 2013, foi tema de documentário, dirigido pela filha Maria Clara Escobar, “Os dias com ele” - eleito melhor filme na 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

 

Carlos Henrique Escobar faleceu em Aveiro, Portugal, no dia 02/08/2023, aos 89 anos de idade. Deixa sua esposa Ana Sacchetti e os filhos Patrícia Escobar, Maria Clara Escobar e Emílio Sacchetti Escobar.

 

Livros:

Proposições para uma semiologia e uma linguística (1973)

As Ciências e a Filosofia (1975)

Discursos, Instituições e História (1975)

Epistemologia das Ciências – Hoje (1975)

Paisagem Alta (1975)

Ramon, o Filoteto Americano (1978)

Ciência da História e Ideologia (1979)

Matei minha mulher: a paixão do marxismo: Louis Althusser (1983)

Dossier Deleuze (1991)

Marx Trágico (O Marxismo de Marx) (1993)

Marx: Filósofo da Potência (1996)

Teatro (1998)

Nietzche ... (Dos “Companheiros) (2000)

Zaratustra – O corpo e os povos da tragédia (2000)

Homem e o Discurso. A arqueologia de Michel Foucault – Coleção Comunicação (2008)

 

Livros organizados:

Psicanálise e ciência da história – “Introdução” (1974)

Semiologia e Linguística Hoje – “Introdução” (1975)

 

Artigos:

De um marxismo com Marx (1966-1967)

Resposta a Carpeaux: Estruturalismo (1968)

Leitura de Saussure: Proposições Semiológicas (1972)

As Instituições e o Poder (1974)

Da Categoria da Cultura: Do Aparelho Cultural do Estado (1979)

Quem tem medo de Louis Althusser? (1979)

Auguste Comte: um enfoque crítico (1999)

Direitos humanos. Com Marx (2008)

Prefácio de livro

Apresentação do livro Inventário de Cicatrizes, de Alex Polari

 

Filme:

Os dias com ele (2013)

 

Peça teatral:

Antigone América

 

Entrevista/Depoimento:

Oposição e Democracia no Brasil: A Hora das Decisões

Retrato de um contestador – entrevistado por Márcio Salgado

Textos sobre C. H. Escobar:

João Marcos Tadeu Kogawa. Por uma arqueologia da Análise do Discurso no Brasil

João Marcos Tadeu Kogawa. Carlos Henrique de Escobar por ele mesmo: tragicidade e teoria do discurso

Luiz Eduardo Motta. Sobre “quem tem medo de Louis Althusser”? de Carlos Henrique Escobar

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