Vereadores querem que o ex-prefeito Parini seja responsabilizado por doação irregular

 
Em 2008 a Prefeitura de Jales cedeu a Barzimix (foto ao lado), empresa atuante no setor da construção civil, uma área localizada no Distrito Industrial I José Antonio Caparroz, paralelo à avenida Paulo Marcondes para ali se instalar.

O Espólio Euplhy Jalles reivindicou na Justiça a propriedade da área doada à Barzimix. Após o Espólio ter o direito reconhecido, o Município foi condenado a pagar R$ 1,4 milhão pelo terreno cedido a empresa.

Segundo orientação do Ministério Público Estadual, o Município de Jales pode ingressar com uma ação para identificar e responsabilizar o agente causador do dano à administração pública.

Na sessão ordinária de segunda-feira (28/05), os vereadores Wanderley Vieira dos Santos (PPS) e Tiago Abra (PP) solicitaram informações ao Poder Executivo, se a Procuradoria Geral do Município já havia tomado providências necessárias para propor a ação judicial e, caso não pretenda mover a ação, eles querem que Poder Executivo explique o motivo.

Deley criticou o então prefeito Humberto Parini, primeiramente enfatizando que não tinha nada contra o empresário, mas alegou que a culpa "é de um ex-prefeito irresponsável, que não procurou saber se [o terreno] era de alguém. Ele tinha advogados, tinha o jurídico. Ele assinou por decreto, não passou por esta casa. Hoje, essa dívida chega em R$ 1, 4 milhão. É o descaso com o dinheiro público que mais chateia a gente. Queremos que o prefeito municipal entre com uma ação e que o senhor Parini seja penalizado".

Já o vereador Tiago Abra se mostrou indignado ao falar sobre o momento em que buscou informações sobre a cessão do terreno a empresa. "Quando fomos atrás das informações sobre esse caso, todos ficamos assustados sobre a forma como foi feita a doação desse terreno".

Segundo ele, a imprensa da época veiculou reportagens sobre pedidos dos vereadores para que a doação não fosse feita porque o terreno não pertencia ao Município. "Eu e o Deley fizemos uma representação ao Ministério Público, que informou que a Prefeitura tem que entrar com uma ação de regresso, para que o ex-prefeito pague esse R$ 1,4 milhão, porque ele causou essa dívida para o município. Com R$ 1,4 milhão dá para fazer muita coisa, dá para comprar fralda geriátrica, remédios ou equipamentos para a agricultura", falou Abra.

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