28 de Maio- Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher



Falar sobre saúde intima e estética vaginal ainda são tabus no País

Em 1984, durante o  IV Encontro Internacional Mulher e Saúde que ocorreu na Holanda,  foi instituído o 28 de maio como o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher. Mas apesar da amplitude do debate e tratamento sobre vários tipos de patologias que atingem especialmente as mulheres, um tema ainda é tabu nos dias de hoje: a saúde íntima feminina. Seja por receio, por já ter sofrido algum tipo de preconceito ou trauma, esse tipo de conversa é pouco frequente até mesmo entre os médicos especialistas.  

Seja por questões culturais, familiares ou religiosas, as mulheres brasileiras ainda são impedidas em muitas situações de falar livremente sobre temas ligados à intimidade, o que pode prejudicar seu bem-estar, vida emocional e sexual. Segundo levantamento do Programa de Atendimento Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo, divulgado em 2016, 78,8% das mulheres brasileiras relatam ter alguma insatisfação na vida sexual. Destas, 26,2% relatam não atingirem o orgasmo. 

Diversos fatores podem causar a anorgasmia como problemas de saúde, estresse e até mesmo o descontentamento com o órgão genital feminino. Segundo a médica cirurgiã plástica Renata Magalhães, mesmo com todos os avanços na liberdades que as mulheres experimentam hoje, a estética da vagina ainda é um assunto do qual não se fala, mas incomoda muita gente. “As mulheres que sofrem com insatisfação em relação à estética da genitália geralmente enfrentam uma angústia solitária, pois não têm coragem de conversar com amigas ou até com o parceiro ou parceira e isso gera um grande sofrimento interior”, revela. 

A médica relata que em seu consultório é grande o volume de mulheres que buscam realizar cirurgias íntimas. “Recebo muitas pacientes com queixas bem variadas, sendo as mais comuns relacionadas a excesso de pele e flacidez no órgão genital, seja nos pequenos lábios, grandes lábios e até mesmo no clitóris”, ressalta a médica a médica ao explicar que em muitos casos o incômodo não é só estético, mas também físico. “Em algumas sitituações pode ocorrer dor quando a mulher usa alguns tidpos de roupas mais justas ou durante as relações sexuais”, acrescenta a médica.

Ainda de acordo com a médica, seja qual for o motivo pela qual a paciente procure a cirurgia, por uma questão estética ou por causa da dor física, é importante que essa mulher seja sempre acolhida e não julgada. “As mulheres começaram a me contar sobre seus desafios, dificuldades e frustrações, inclusive no relacionamento conjugal, não raro correlacionando esses problemas com a aparência da região genital. Para trazer um alento a essas seguidoras, eu acabei passando a falar mais sobre sexualidade feminina e cirurgia íntima em minha página”, revela a médica que possui mais de 33.800 seguidores no Instagram. 


 

29 DE MAIO -  DIA DA SAÚDE DIGESTIVA

Ao menos 20% da população global sofre com doenças digestivas e não trata corretamente do problema



De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 20% da população global sofre com algum tipo de problema intestinal, e o pior é que 90% desse contingente de pessoas não procura orientação médica, recorrendo à automedicação ou simplesmente não fazem nada para resolver o problema. A situação levou a OMS a instituir o 29 de maio como o Dia da Saúde Digestiva, a fim de conscientizar sobre a necessidade de se diagnosticar e tratar corretamente todo e qualquer sintoma ou mal estar relacionado ao processo de digestão.

A data também chama a atenção para a necessidade de mudança de cultura e estilo de vida, já que a grande maioria das doenças do aparelho digestivo está relacionada a maus hábitos alimentares, sedentarismo, estresse e tabagismo. Portanto, a prevenção é a melhor maneira de diminuir os índices de complicações na saúde digestiva.

O diagnóstico precoce é a melhor forma para curar e evitar complicações de qualquer doença. Ao sentir qualquer sintoma, o recomendado é procurar um médico imediatamente e evitar a automedicação. Irritações frequentes no estômago, dores de barriga, alterações significativas nas fezes, diarreia e, até mesmo, o mau hálito ou alterações na boca sem motivo aparente, merecem atenção.

Segundo a médica gastroenterologista, gastroenterologista Karen Thalyne Pereira e Silva Domingos (CRMGO 15081), especialista que atende no Órion Complex, em Goiânia, explica que em geral as pessoas se preocupam com a saúde e procuram o médico, praticamente, em caso de urgências ou por questões de doença já estabelecidas. O brasileiro visita o médico quando julga realmente necessário - em outras palavras, a urgência predomina sobre a prevenção. “Em média, seis em cada 10 brasileiros só vão ao médico quando estão gravemente doentes”, explica a médica. 

Sintomas mais comuns
Náuseas, empachamento, azia, retorno do alimento e ou ácido gástrico, diarreia e/ou constipação e dor abdominal. Mas, outros sintomas como tosse seca, dor no peito, sinusite, asma, dor de cabeça, déficit de atenção e lesões na pele, que aparentemente podem indicar outro tipo de doença, também são sintomas de problemas digestivos. 

De acordo com a médica, a maioria dos problemas graves podem ser evitados ou tratados antes de chegar a esse ponto, se as pessoas tiverem a consciência de ter hábitos saudáveis e um acompanhamento médico regular. A gastroenterologista Karen Thalyne dá as seguintes orientações a fim de que as pessoas sigam e não deixem seu quadro se agravar. 

- Não subestime um sintoma ou algum desconforto que sinta, principalmente se durar mais de 30 dias ou vira e volta aquele desconforto. 

- Se estiver emagrecendo sem um motivo da dieta para isso, não espere, procure o médico.

- Evite a automedicação. Sem saber a real causa do problema você pode piorar a situação, mascarar a doença, demorar mais para descobrir a causa, o que piora muito o prognóstico principalmente em casos de câncer e reduz as chances de cura.

“O mais importante para ter saúde digestiva é ter uma dieta variada e sem excessos, rica em fibras, com água em quantidade adequada e que traga bem estar e saúde, respeitando as sensibilidades individuais de cada um”, ressalta a médica.  

 

30 DE MAIO DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Esclerose Múltipla atinge cerca de 40 mil brasileiros, que não têm esclarecimento sobre a doença  



A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que cerca de 40 mil brasileiros são pessoas com EM.

Embora a doença ainda seja de causas desconhecidas, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes, geralmente  jovens, e de modo especial mulheres de 20 a 40 anos. A Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga.

O neurologista Iron Dangoni Filho, especialista que atende no centro clínico do Órion Complex, explica que a Esclerose Múltipla desde 2012 é uma doença diferente. Segundo ele, hoje há tratamentos denominados de alta eficácia e que são modificadores da doença.. “Conseguimos hoje fazer tratamento de barreira que impede inflamação e a ocorrência dos surtos, que são os responsáveis pela estigmatização de quem sofre desse problema”, relata.

Antigamente a Esclerose Múltipla era vista como um problema que levaria a sequelas, como o uso de cadeira de rodas. Mas hoje, segundo explica o neurologista, é possível que a pessoa tenha uma vida normal, com qualidade de vida. “Existe muita inovação, inclusive com lançamentos frequentes de medicamentos frequentes, como é o exemplo da Cladribina. O importante é que seja bem indicado, por um profissional com experiência e habilitado. O preconceito deve ser combatido todos os dias e por todos nós”, destaca. 

 


Comentários