Da Redação- FolhaGeral:- As ruas que são de mão dupla...


Rua São Paulo, de mão dupla, dias destes caiu na "malha fina" da fiscalização de trânsito em toda a sua extensão e vários moradores foram multados por estacionarem irregularmente.
As ruas
que são de mão dupla passam por uma rigorosa fiscalização de trânsito, principalmente as periféricas mais próximas ao quadrilátero central. As multas estão sendo aplicadas. Uma cidade que pretende ser MIT precisa cumprir as regras de trânsito.

Mas isto não

justifica que ruas de mão única recebam alterações sem bons motivos. Há ruas no perímetro central com parte de mão única e parte de mão dupla. Isso não facilita o trânsito. Elas devem, prioritariamente, ter mão única ou mão dupla em toda a extensão.

A quantidade
de veículos e pedestres não tende a diminuir. Por isto é preciso que todas as ruas tenham boa sinalização, conforme as recomendações legais. Embora seja mais prático aplicar multas nas ruas de mão dupla, a presença da autoridade para garantir ordem e segurança deve ser valorizada em toda a cidade.
O ex-prefeito
de Urânia – Airton Saracuza – foi condenado à perda dos direitos políticos por 05 anos. A decisão da juíza Marcela Corrêa Dias de Souza, do Foro de Urânia, foi anunciada no dia 08 deste mês de março.
Também foi
determinada a intimação pessoal do devedor para efetuar o pagamento da dívida no prazo de 15 dias, cuja ação foi estipulada em R$ 333.337,48 sob pena de multa de 10% sobre o valor da condenação.
A decisão da
juíza Marcela Corrêa Dias de Souza foi uma decisão em 1° grau. Por isto, cabe recurso do ex-prefeito Saracuza à sentença, fato este, que já lhe foi comunicado pelo seu advogado na capital paulista.
Muitas críticas
se ouviram durante a semana ao prefeito de Jales – Flávio Prandi (DEM) – pelo fato de ele ter ordenado primeiramente o recape das Ruas 11 e 13, deixando a Rua 8 que (se ainda não recebeu) vai receber a melhoria num segundo tempo.
A questão é
que a Rua 8 está (ou estava) esburacada desde a Rua 11 até a Avenida Jânio Quadros. Como se sabe, é uma via de muito tráfego e agrega um excelente comércio.
Como de costume,
faltou comunicação da assessoria do prefeito para com o povo. Além disso, essa mesma assessoria – através de bom-senso – poderia pedir à empreiteira para recapear primeiro as ruas em pior situação de tráfego e depois as ruas em melhor estado.
Os vereadores
do legislativo jalesense homenagearam com Moção de Aplausos o servidor Luiz Antônio Abra, diretor de finanças da Câmara Municipal da cidade pela conquista de sua aposentadoria após décadas de atuação no serviço público.
O servidor
aposentado é realmente merecedor da honraria, sem qualquer contestação. Os nobres vereadores, que gostam de prestigiar os bons servidores, devem estender a atenção aos servidores da administração direta e indireta do Executivo, onde também há gente boa.
O vereador
Luiz Henrique Viotto "Macetão" (PP) questiona o Executivo sobre a adoção de procedimentos internos mais rigorosos para evitar outros desvios de recursos públicos.
Ele diz que,
após fatos ocorridos, resolveu perguntar se foi tomada alguma providência e que a pergunta para o prefeito é: "Você fez alguma coisa para evitar desvios de recursos? ". Muito seguro, Macetão afirmou que "a gente está fazendo nosso papel". Assim justificou que, quando surgiu a "Farra no Tesouro 1", foram propostas medidas – como a contratação de dois contadores – e "agente criou esses cargos aqui".
Já o vereador
Vanderley "Deley" Vieira dos Santos (PPS), líder do prefeito no Legislativo, saiu em defesa de Flávio Prandi, ressaltando que os desvios de recursos começaram em anos anteriores. Ele disse: "Não são de agora esses desfalques. Não tem ninguém a favor de falcatrua, não; mas tem que esperar a apuração. Estão esquecendo que as pessoas que estão lá são pais de família. Se erraram, têm que pagar, mas temos que esperar".
Os analistas
lá do botequim da vila não tiram a razão do vereador Deley e justificam: "não existe justiça sem misericórdia". Mas não concordam com aqueles que dizem que as Comissões do legislativo devam ser formadas para apurar nada. Há ações importantes a serem decididas.
O povo
brasileiro vive o tempo de um novo governo, eleito democraticamente. Mas o clima geral não é de tranquilidade, confiança e esperanças. Ao contrário. Toda semana vêm à tona notícias de acontecimentos ruins, de intrigas políticas, de adversidades econômicas.
O carnaval
de rua – que neste ano foi sucesso no país inteiro – não foi suficiente para fazer o povo se esquecer das aflições e ficar entorpecido pela alegria. O povo soube desfrutar da festa com ânimo e bom humor, mas não matou as apreensões políticas, econômicas e sociais.
Depois de
21 anos de ditadura militar (1964 a 1985), a Constituição Federal de 1988 marcou o início da instalação definitiva da democracia no país, com os objetivos de construir uma sociedade livre, justa e solidária; de garantir o desenvolvimento nacional; de erradicar a pobreza e a marginalidade; de reduzir as desigualdades sociais e regionais.
Sete presidentes
ocuparam o Palácio do Planalto (1985 a 2018): José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. Mas tais governos não foram fiéis ao projeto constitucional. Cada um deles foi uma experiência democrática, sob o domínio de uma tradicional minoria rica e poderosa.
Não é segredo
para ninguém – por exemplo – que os Poderes da República rendem obediência a grandes corporações, tanto pela força do dinheiro como pela habilidade dos advogados. Isso nem é novidade, pois também acontece em democracias mais avançadas.
Além disso,
a sociedade brasileira ainda vive sugestionada pelo individualismo, pela competição, pelo egoísmo, pela crença de que é preciso se destacar, ser melhor, ter mais do que outros. Essa cultura – adotada por indivíduos e por grupos – produz divergências, intolerâncias, exclusões e inibem a união de todos em favor de todos, sufocando a democracia.
As instituições
oficiais estão desatualizadas e não conseguem conter as atitudes antidemocráticas de indivíduos e grupos, especialmente daqueles protegidos por privilégios. Não conseguem enfrentar com agilidade as estruturas organizadas da corrupção, da violência, dos abusos.
Sem qualquer
ofensa ao novo governo, pode-se dizer que ele será mais uma experiência democrática sacudida por turbulências. Ou, numa linguagem mais técnica e mais elegante, ele será exercido tipicamente dentro de uma democracia imperfeita.
Mas sem
dúvida, apesar de muitos fatos lamentáveis, a democracia evolui na sociedade brasileira. Ela evolui corretamente a partir do povo. À medida que o povo se instrui mais, que o povo se informa melhor, não se deixa influenciar passivamente pelas mensagens vindas de cima para baixo. O povo se comunica e forma a sua opinião.
De modo
inteligente, o povo elegeu Jair Bolsonaro (PSL) com 39% do total de votos do eleitorado. E continua de olho vivo nele e no seu governo. Sem um programa de governo consistente, Bolsonaro avança e recua, toma decisões e volta atrás. Isso virou rotina no seu governo. Melhor assim, pois respeita a opinião pública e evita disparates.
No momento,
o governo luta para a aprovação da reforma da Previdência Social no Congresso Nacional. Dados do próprio governo informam que a Previdência teve em 2018 um déficit de 21,5 bilhões de reais. Mas isso é só o aperitivo para o governo.
O Congresso
Nacional do Brasil é o segundo mais caro do mundo. Só perde para o dos Estados Unidos. Custou aos cofres públicos em 2018 o valor de 10,5 bilhões de reais para custear 513 deputados, 81 senadores e 26.900 servidores (concursados, não concursados e terceirizados).
Em comparação,
o custo anual do Congresso Nacional é menor do que o déficit anual da Previdência. Porém é mais grave. E há coisa muito pior. A dívida pública federal tem dados assustadores. Em 2018 a dívida pública federal atingiu o valor total de 3,87 trilhões de reais. Durante o ano, o governo pagou juros no valor de 342,60 bilhões de reais. Uma barbaridade.
Diante desse
quadro de meter medo, os analistas lá do botequim da vila reagiram com lucidez e discursaram: "Insistir no errado é teimosia, insistir no correto é persistência". Com isso eles quiseram dizer que os brasileiros devem continuar insistindo no bem do país.

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