Perfil do advogado de sucesso: idiomas, pós-graduação internacional e atuação estratégica marcam a nova elite do Direito brasileiro
Levantamento revela que os advogados mais bem-sucedidos no Brasil têm perfil internacional, sólida formação acadêmica e atuam nas áreas mais estratégicas do Direito; fluência em idiomas e pós-graduação no exterior tornam-se diferenciais cada vez mais valorizados.
Em um cenário jurídico cada vez mais globalizado e competitivo, o perfil dos advogados mais bem-sucedidos no Brasil revela uma combinação precisa entre experiência de mercado, formação sólida e conexão com o mundo. Segundo levantamento da Análise Advocacia 500, esses profissionais, em sua maioria, são sócios de escritórios, com uma média de 22 anos de carreira, graduação em instituições privadas, fluência em inglês e espanhol, e pelo menos uma pós-graduação, muitas vezes realizada fora do Brasil. As áreas mais representativas são Cível, Societário e Tributário, refletindo uma advocacia de alta complexidade técnica.
Esse é o caso de Marco Túlio Elias Alves, advogado que decidiu apostar na educação internacional como diferencial competitivo. Ele concluiu o Mestrado em Direito e Negócios Internacional na Miami University of Science and Technology (EUA) e, em seguida, obteve o título de Doutor (Ph.D) pela Swiss School of Business Research (Suíça). Para ele, a experiência vai além do diploma: “Participar de um programa internacional me colocou em contato direto com profissionais de diferentes países, ampliou meu entendimento sobre a prática jurídica comparada e, principalmente, me fez pensar o Direito com uma visão de negócios e estratégia global”.
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Reprodução Harvard Law School |
Apesar de muitas dessas instituições não terem o reconhecimento automático no Brasil, o retorno em termos de networking, autoridade profissional e oportunidades de mercado tem se mostrado cada vez mais relevante. É o que também afirma Lohan Gonçalves, mestre em Direito pela Massachusetts Institute of Business (EUA) e Doutor (hc) em Ciências Jurídicas pela Logos University (França): “As portas que se abriram após esses títulos foram impressionantes. Hoje, sou convidado para participar de painéis internacionais, dou consultoria a empresas estrangeiras que atuam no Brasil e fecho parcerias com escritórios de fora com frequência”.
Esse movimento também revela uma mudança no comportamento de advogados autônomos ou que estão fora dos grandes centros. Muitos têm percebido que investir em pós-graduação, inclusive em instituições como Harvard, Stanford, Syracuse, Logos University, SSBR e outras, pode ser um passo inicial para elevar o nível técnico e abrir portas. A Syracuse, por exemplo, oferece um programa LLM para advogados que habilita à prática do direito nos Estados Unidos. A Logos, por outro lado, oferta programas online com foco em áreas estratégicas e módulos voltados à realidade do advogado empreendedor, incluindo conteúdos sobre gestão, marketing jurídico e captação de clientes — tudo alinhado com as exigências do mercado moderno.
Outro exemplo notável é o de Mariane Morato Stival, doutora pelo Centro Universitário de Brasília – UniCEUB, com extensão na renomada Universidade Paris 1 – Panthéon-Sorbonne (França). Atualmente, ela é uma das maiores referências no Direito Internacional no país e presidente da Comissão de Direito Internacional da OAB/GO. Sua trajetória comprova que a combinação entre especialização acadêmica, atuação prática e engajamento institucional pode alçar a carreira a um novo patamar.
Ao contrário do que muitos pensam, a excelência profissional não está reservada apenas aos grandes escritórios ou à elite econômica. Muitos advogados têm encontrado caminhos alternativos para se destacar, inclusive optando por programas internacionais mais acessíveis, como os da MUST University (EUA), que oferece mestrados a distância, ou os programas de mestrado ou doutorado na Logos University (FR), com custos menores quando comparados aos tradicionais LLMs de Harvard ou Stanford, essas opções têm atraído brasileiros interessados em qualificação sem sair do mercado.
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Reprodução Syracuse tem convênio com a OAB/GO para ofertar LLM para advogados brasileiros |
Nesse novo cenário, falar inglês é pré-requisito e dominar o espanhol garante vantagem adicional, especialmente para quem atua com contratos internacionais, arbitragem, comércio exterior ou compliance. A formação continuada é praticamente obrigatória. Quem não se atualiza corre o risco de ser engolido por um mercado cada vez mais exigente, dinâmico e competitivo.
O advogado do futuro, que já é o advogado do presente, precisa pensar estrategicamente sua carreira. Pós-graduação, idiomas, presença digital e visão empreendedora não são mais diferenciais, são exigências mínimas. E aqueles que entenderem isso antes dos demais, como Marco Túlio, Lohan e Mariane, certamente terão mais chances de chegar ao topo.
Advocacia autônoma: como a especialização e o posicionamento estratégico transformam a carreira jurídica
A vida do advogado autônomo costuma ser repleta de desafios: captação de clientes, controle financeiro, organização do tempo, marketing jurídico e, claro, atualização constante. Porém, é justamente esse perfil multitarefa que tem conquistado espaço e respeito no mercado, especialmente quando vem acompanhado de especialização, autoridade técnica e presença estratégica.
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| Análise Advocacia 500 elege os melhores profissionais |
Para quem atua de forma independente, investir em uma pós-graduação pode ser o divisor de águas entre ser somente mais um profissional no mercado ou se tornar referência em uma área específica. Cursos com foco em Direito Empresarial, Tributário, Previdenciário ou Penal, ajudam o advogado autônomo a se posicionar como especialista, criando uma vantagem competitiva sólida.
Lohan Gonçalves, que atua de forma híbrida entre consultoria e advocacia, conta que sua trajetória deu um salto depois da qualificação internacional: “Mesmo trabalhando com uma equipe pequena, passei a ser procurado por clientes que buscavam um olhar mais técnico e moderno para seus problemas jurídicos. A formação no exterior me ajudou a construir essa imagem”, afirma.
O mesmo acontece com Marco Túlio Elias Alves, que, além de trabalhar como advogado, também atua como professor. Segundo ele, o principal erro de quem inicia na advocacia autônoma é negligenciar o investimento em educação continuada. “Se você quer ser competitivo, precisa estudar. E mais do que isso: precisa mostrar ao mercado que você está atualizado, que conhece as novas demandas, que domina os temas relevantes”, diz.
Filipe Alves, advogado brasileiro que atualmente cursa LLM em Direito nos Estados Unidos garante que falar inglês abriu portas importantes no seu desenvolvimento profissional.
Para além da parte técnica, a advocacia por conta própria exige habilidades de gestão. É preciso cuidar de prazos, contratos, audiências e atendimento ao cliente, tudo ao mesmo tempo. Ferramentas digitais, sistemas de automação jurídica e uma boa organização pessoal podem ajudar. Mas é na formação empreendedora que o diferencial aparece.
Outro fator essencial é o posicionamento digital. Estar presente nas redes sociais, produzir conteúdo de valor e participar de eventos jurídicos é parte do jogo para quem busca relevância. A autoridade se constrói com consistência, e isso exige tempo e dedicação. Uma pós-graduação também contribui nesse sentido: além de gerar conteúdo para ser compartilhado, ela aproxima o advogado de outros profissionais e potenciais parceiros de negócio.
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| Profissionais de Goiás em programa de Certificação Internacional da Logos University |
A captação ética de clientes é uma preocupação constante para os autônomos. Mas o networking e a autoridade acadêmica funcionam como os melhores cartões de visita. E aqui, nomes como Mariane Morato Stival servem de exemplo: além de seu currículo impecável, ela ocupa posição estratégica em uma comissão da OAB, fortalecendo seu nome no cenário nacional e internacional.
Por fim, é preciso lembrar que o sucesso não vem só do acúmulo de títulos, mas da forma como esses títulos são usados estrategicamente. Um mestrado ou doutorado internacional pode abrir portas, mas é o uso inteligente dessas conquistas, no marketing, no posicionamento, no atendimento ao cliente, que realmente faz a diferença.
O recado para o advogado autônomo é claro: pare de esperar por oportunidades e comece a criá-las. Invista em você, posicione-se de forma estratégica e entenda que sua carreira é, sim, um negócio. E, como todo negócio, exige planejamento, dedicação e capacitação contínua.




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