Natal de Jesus Cristo e a família




Pe. Maximano Pelarim Neto
Assessor diocesano da Pastoral Familiar e vice-reitor do Seminário Diocesano





“Não temais! Eu vos anuncio uma boa-nova que causará grande alegria a todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um salvador, que é Cristo Senhor” (Lc 2,10-11). Amados irmãos e irmãs, durante o tempo do advento, fomos nos preparando para celebrar com grande júbilo o natal do Senhor. Nele recordamos que Deus veio visitar a humanidade e construir sua morada no meio dela. O Deus eterno, fonte de amor, misericórdia e vida, sentiu saudade de nós, e Ele mesmo veio ao nosso encontro na fragilidade de uma criança, para que pudéssemos voltar para Ele.
Jesus é Verbo encarnado do Pai, “a Palavra que se fez carne” (Cf Jo 1,14), assumindo a nossa natureza humana, elevando a nossa dignidade de filhos e filhas amados de Deus. Na encarnação do Verbo, a certeza da proximidade, da presença de um Deus apaixonado, que “desceu do céu”, para libertar, salvar e conduzir a humanidade à plenitude da vida.
Deus nos surpreende. Ele nasce pobre entre os pobres para nos revelar seu plano salvífico. Acolhido pelos pastores, pelos magos do oriente, gerado no ventre de Maria por obra do Espírito Santo, Jesus se fez um de nós para nos humanizar e nos santificar.
A experiência de acolher verdadeiramente a Jesus nos torna criaturas novas, verdadeiros cristãos comprometidos com a boa nova do Evangelho. Nós o encontramos na simplicidade, no amor, na partilha, na misericórdia, na Palavra, na Eucaristia, na vida doada, nos nossos irmãos e irmãs e na vida de oração.
José e Maria, na humildade e na simplicidade, sendo justos e tementes a Deus, aceitaram a proposta do Senhor. Aquele lar humilde que já era cheio da graça de Deus, tornou-se mais pleno com a presença real do Senhor.
O Natal deve ser celebrado em comunidade e em família. Pois, Natal é festa do amor e da vida. É festa da encarnação. Nele os laços familiares devem ser estreitados, renovados e fortalecidos. Celebrar o Natal em família é justamente isto: fazer a experiência do Deus vivo, para que a família, entre tantas dificuldades, sofrimentos e esperanças, seja uma verdadeira “Igreja doméstica”.
Disse o Papa Leão XIV: “Na família, a fé é transmitida, de geração em geração, juntamente com a vida: é partilhada como o alimento da mesa e os afetos do coração”. Isso é natal!

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