Autoridades, dirigentes do Sistema Nacional de Fomento, pesquisadores e jornalistas participaram do evento realizado em Brasília
A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) realizou, nesta terça-feira (2), no Sesi LAB, em Brasília, a Cerimônia de Encerramento 2025, que marcou o fechamento do primeiro ciclo de gestão da atual diretoria, presidida pela diretora do BNDES, Maria Fernanda Coelho. No evento, foram entregues também duas importantes premiações promovidas pela ABDE: o Prêmio ABDE-BID – Edição 2025 e o Prêmio ABDE de Jornalismo. O evento reuniu autoridades governamentais, dirigentes das instituições do Sistema Nacional de Fomento (SNF), parceiros internacionais, pesquisadores e jornalistas de todo o país.
Ao abrir a cerimônia, a presidente da ABDE destacou que 2025 foi um ano marcado por incertezas externas e desafios climáticos, mas também por avanços expressivos no Brasil. “Saímos do mapa da fome, atingimos o menor patamar de desemprego dos últimos dez anos e conseguimos controlar a inflação de alimentos. Tenho certeza de que o Sistema Nacional de Fomento deu sua contribuição para essas conquistas, por meio da execução das políticas públicas e da oferta de crédito para famílias e empresas”, afirmou.
A presidente também celebrou o protagonismo da ABDE na COP30, onde a entidade participou de mais de 30 painéis sobre transição ecológica. “Apresentamos estudos inéditos sobre bioeconomia e instrumentos de financiamento para que cidades brasileiras se tornem mais resilientes diante dos eventos climáticos extremos”, destacou. Ela lembrou o caso recente das enchentes no Rio Grande do Sul: “Reconstruir custou R$ 100 bilhões, enquanto os valores necessários para prevenção não alcançavam 35% desse montante.”
Premiações
A noite também foi marcada pelo reconhecimento de profissionais que contribuíram para ampliar o debate público sobre desenvolvimento, financiamento climático, inclusão produtiva e atuação das instituições financeiras de desenvolvimento.
Na segunda edição do Prêmio ABDE de Jornalismo, foram 252 matérias inscritas em texto, áudio e vídeo, em modalidades nacionais e regionais. O primeiro lugar na categoria Texto Nacional foi conquistado por Guilherme Waltenberg, editor sênior do Poder360, com a matéria “Bancos públicos investiram R$ 146 bi em transição energética”.
O jornalista destacou a relevância do tema e a importância do reconhecimento institucional. “A transição energética foi uma das grandes pautas de 2025, sobretudo com a COP30. O prêmio reconhece iniciativas de bom jornalismo, aquele que aprofunda dados, cruza informações e explica à população setores que muitas vezes são pouco conhecidos, como o dos bancos de desenvolvimento”, ressaltou Guilherme Waltenberg.
Na categoria Texto Regional, o primeiro lugar ficou com Júlio Cezar Huber, da Revista Negócio Rural, autor da reportagem “Regenerar é semear o amanhã”. Ele celebrou a conquista — pela segunda vez consecutiva — e ressaltou como o jornalismo regional contribui para revelar histórias de impacto real.
“A premiação é um estímulo enorme. Este ano mostrei como cooperativas de crédito e instituições de fomento ajudam agricultores a adotarem práticas regenerativas, agregando renda e preservando o meio ambiente. Ser reconhecido nacionalmente mostra que o desenvolvimento está acontecendo também no interior do Brasil, não só nos grandes centros”, afirmou Huber.
Em sua 11ª edição, o Prêmio ABDE-BID reconheceu artigos acadêmicos que analisam soluções inovadoras para desafios do desenvolvimento. Entre os destaques está Arthur Frederico Lerner, da UFSC, vencedor do 2º lugar na categoria Sistema OCB: desenvolvimento e cooperativismo de crédito, com o artigo “Mulheres, tempo de mandato e desempenho: dinâmicas de lideranças em cooperativas de crédito brasileiras”.
O pesquisador celebrou o reconhecimento e reforçou a importância do incentivo à produção acadêmica: “A pesquisa exige muito tempo e dedicação. Ter um prêmio como esse é super importante para valorizar o pesquisador e dar visibilidade a temas fundamentais, como governança em cooperativas de crédito”, reconhece.
Resultados institucionais e fortalecimento da agenda legislativa
Durante o evento, Maria Fernanda apresentou o balanço da Agenda Legislativa do Sistema Nacional de Fomento, construída com a Frente Parlamentar de Apoio ao SNF. Segundo ela: “63% das ações estratégicas tiveram vitória no Congresso, incluindo debates essenciais para a regulamentação da reforma tributária e dos fundos governamentais. Em 2026, avançaremos na consolidação da Frente no Senado.”
A presidente também reforçou o papel das parcerias institucionais, agradecendo organizações como PNUD, FGV, GIZ, AFD, WRI, ICS, ICLEI, FMDV, CVM e Frankfurt School.
A lista completa dos premiados pode ser acessada no site da ABDE (abde.org.br)
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