Por ocasião da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), será lançada a publicação "Embrapa e Políticas Públicas: Contribuições para a Taxonomia Sustentável Brasileira" no próximo dia 18 de novembro às 14h na Agrizone, localizada na Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA). A obra detalha o rigoroso trabalho técnico-científico da Empresa no apoio à construção desta política pública estratégica, voltada para orientar e fomentar investimentos e financiamentos públicos e privados, para atividades econômicas que comprovadamente sigam critérios de sustentabilidade ambiental, social e econômica. Para acessá-la, clique aqui.
Ao documentar as etapas e métodos, a publicação busca oferecer subsídios valiosos a gestores, formuladores de políticas e demais atores públicos e privados, engajados com a agenda da sustentabilidade no país. “O papel da pesquisa da Embrapa é reconhecido nacional e internacionalmente, no entanto, menos conhecido e divulgado é a sistematização, organização e publicação de suas contribuição para as políticas públicas. Daí a importância deste registro”, destaca Otavio Balsadi, pesquisador da Diretoria de Negócios Inovação e Transferência de Tecnologia (DINT) da Embrapa, e um dos editores da publicação, juntamente com Danielle Torres, da Assessoria de Estratégias (AEST), ligada à Presidência da Empresa.
O livro contou com a participação de 44 autores da Embrapa, do Ministério da Fazenda, da Climate Bonds Iniciative e a Campo Consultoria e Agronegócios. Detalha os procedimentos metodológicos adotados, voltados à identificação de práticas e sistemas produtivos sustentáveis na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, bem como para a definição de variáveis técnicas, que integram os critérios de elegibilidade da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB). A publicação apresenta práticas sustentáveis cientificamente validadas para algumas das principais cadeias produtivas do país, como soja, milho, café, eucalipto, pecuária a pasto e piscicultura em viveiros escavados.
A definição dos critérios técnicos para a seleção das cinco atividades, divididas entre culturas agrícolas perenes e anuais, silvicultura comercial, bovinocultura e pesca e aquicultura, ocorreu no âmbito do grupo técnico setorial, formado por representantes dos ministérios da Fazenda, da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além de representantes do Banco Central do Brasil (BCB) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).“Em 2026, na segunda fase do trabalho, outras atividades econômicas, ainda a serem definidas em conjunto com os ministérios,, devem ser incorporados à TSB. Trata-se de um processo contínuo de indução de práticas agropecuárias mais sustentáveis e resilientes no país”, conta Balsadi.
Taxonomia Sustentável Brasileira: subsídios para uma economia de baixo carbono
Lançado em 2023, o Plano de Ação da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), coordenado pelo Ministério da Fazenda, atende à crescente demanda global por transparência e pela transição para uma economia de baixo carbono. O Decreto 12.705 de 31 de outubro de 2025 estabeleceu a Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) como instrumento do Plano de Transformação Ecológica do Poder Executivo Federal e disponibilizou os cadernos técnicos, onde se encontram detalhados os critérios e as atividades elegíveis. Para acessá-los, clique aqui.
A Taxonomia Sustentável Brasileira servirá para recomendar, por exemplo, para cada atividade rural ou sistema produtivo, tecnologias e práticas de produção e de manejo agropecuário disponíveis no país, que sejam cada vez mais responsáveis, sustentáveis e alinhadas aos compromissos climáticos assumidos pelo Brasil, como o Acordo de Paris e a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.
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