Automação avança na logística e redefine o papel das pessoas nas operações


A evolução da automação no setor logístico brasileiro e o impacto nos processos, nas equipes e na qualificação profissional

 

Wagner Salzano*

 

O setor de logística no Brasil vive uma verdadeira revolução com a chegada massiva de tecnologias de automação. Sistemas autônomos na intralogística, como robôs móveis autônomos (AMRs), coletores inteligentes, transportadores contínuos/sorters e plataformas integradas de gestão já são realidade em muitas operações de ponta.

Essa evolução vai muito além da substituição da força de trabalho humana. Ela tem transformado profundamente o modo como as empresas pensam suas cadeias de suprimentos, tomam decisões e formam suas equipes para atender com maior competitividade as demandas dos clientes. Com isso, o profissional de logística também precisa se reinventar, ser mais analítico, mais tecnológico e com visão sistêmica da cadeia.

A automação não tira empregos, mas ela muda o perfil do trabalho. O colaborador que antes operava empilhadeiras hoje pode monitorar frotas automatizadas ou atuar na análise de dados em tempo real. O desafio está na capacitação para esse novo cenário.

O crescimento da automação logística no Brasil também é impulsionado pela busca por maior precisão, rastreabilidade e escalabilidade.

Segundo levantamento do Instituto IMAM, os investimentos em projetos de automação na logística, nos últimos 5 anos, cresceram cerca de 50% e a projeção é de alta contínua, pois ainda estamos muito distantes dos mercados mais desenvolvidos.

A automação sem estratégia é desperdício. Por isso, além de entender a tecnologia, é fundamental que as lideranças dominem conceitos como Lean Logistics e Supply Chain Planning para extrair o máximo valor dessas soluções.

Os profissionais de aprimoramento profissional mais atentos às mudanças têm acompanhado de perto esse movimento, apoiando empresas em seus processos de transformação com treinamentos especializados em tecnologia aplicada à logística e na formação de profissionais preparados para liderar essa nova era operacional.

*Wagner Salzano, gerente de projetos e instrutor da EvolutaPro.

Comentários