*José Renato Nalini
Todos já sabemos que as cidades
precisam de mais verde, de mais natureza, de devolução ao ambiente de tudo
aquilo que subtraímos dele. O plantio é a melhor, pois a mais eficiente e
econômica fórmula de tornar as zonas urbanas mais saudáveis e compatíveis com
as necessidades existenciais.
É verdade que muitas municipalidades
já se preocupam com devolver árvores aos espaços tomados pelo concreto, pelo
aço, pelo ferro, pelo cimento e pelo vidro. Todos insumos cuja fabricação é
emissora de gases poluentes causadores do efeito-estufa.
Mas é preciso também plantar árvores
frutíferas. Elas servem a inúmeras finalidades. Vão acudir as aves que não
encontram mais verde nas áreas desmatadas e elas são essenciais para a
polinização, para a disseminação de sementes, para manter o equilíbrio
ecológico.
Além disso, o cultivo de espécies
frutíferas se torna fator de fortalecimento na cadeia de recursos alimentares,
além de ser aliado estratégico e ajudar na adaptação das cidades aos fenômenos
extremos.
O respeitado centro de pesquisa e
produção de cultura que é a ESALQ – Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, divulga uma proposta de repensar a relação das pessoas com o ambiente
urbano, exatamente por meio desse cultivo. Isso se chama forrageamento. Essa
prática pode ser uma das chaves para enfrentar os desafios das mudanças
climáticas e ampliar o acesso à alimentação.
Quem estudou isso foi o engenheiro
florestal Eduardo Ribas, sob orientação do professor Demóstenes Ferreira Silva
Filho, do Departamento de Ciências Florestais. “O forrageamento urbano é uma
prática emergente no mundo e pode se tornar um aliado estratégico para cidades
mais sustentáveis e resilientes”, destaca Ribas. “Nosso estudo mostra que as
árvores podem oferecer muito mais do que sombra e beleza: elas também podem
ajudar a colocar comida no prato das pessoas.”
A carência de árvores é comum em
todas as cidades brasileiras. A população precisa se conscientizar disso e
participar dos plantios voluntários, exigir do Poder Público mais atenção quanto
à cobertura vegetal, promover educação ecológica em todos os níveis, até na
informalidade. Pois o produto final é benéfico para a natureza e para todos os
viventes. Principalmente os humanos.
*José Renato Nalini é
Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e
Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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