Obra propõe desaprender o que exclui e reaprender o que acolhe, promovendo empatia e inclusão por meio das palavras
foto/Divulgação/Literare Books International
As palavras têm poder. Elas podem acolher ou afastar, construir pontes ou erguer muros. E é justamente com esse propósito de transformar a forma como nos comunicamos e, consequentemente, como nos relacionamos, que nasce “MudaMente – Jogo da Memória Inclusiva”, publicado pela Literare Books International e criado pelos consultores em Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) Thays Toyofuku e JP Polo.
MudaMente é um convite à reflexão sobre como expressões comuns do dia a dia, muitas vezes ditas sem intenção de ofender, podem carregar preconceitos, estereótipos e desigualdades que alimentam exclusões e silenciam vozes.
Com leveza e interatividade, o livro-jogo transforma aprendizado e empatia em um exercício lúdico de autoconhecimento e respeito.
Como funciona o MudaMente
O livro-jogo é composto por seis conjuntos de cartas, cada um representando uma dimensão da diversidade: Gênero - Gerações - Multiculturas - Pessoas com deficiência - Pessoas LGBTQIAPN+ - Pessoas negras
Cada conjunto traz pares de cartas: de um lado, expressões excludentes e pejorativas; do outro, suas versões inclusivas, acompanhadas de explicações que ampliam a consciência e convidam à empatia.
Durante a partida, cada par encontrado é uma oportunidade de diálogo e aprendizado coletivo, seja em escolas, empresas, organizações sociais ou em família.
“O objetivo é mostrar que a mudança começa nas pequenas atitudes, às vezes com uma simples palavra substituída, ou uma carta virada”, explica Thays Toyofuku.
foto/Divulgação/Literare Books International
JP Polo complementa: “A linguagem é uma das portas mais acessíveis para a inclusão. Aprender a falar com respeito é aprender a enxergar o outro”.
Trocar palavras, mudar atitudes
O MudaMente aborda expressões que atravessam diferentes grupos sociais. Frases como “homens não choram”, “mãe solteira”, “que roupa de crente é essa?”, “todo japonês é inteligente” ou “a coisa tá preta” aparecem no baralho para serem repensadas.
Em vez de julgamentos, o jogo oferece caminhos: “todas as pessoas podem expressar suas emoções”, “mãe solo”, “roupa não tem religião” ou “a situação está difícil”.
Cada carta é uma aula de consciência, mas também de empatia. Ao substituir expressões arraigadas no vocabulário cotidiano, o jogo propõe uma nova forma de convivência, mais justa, afetuosa e respeitosa.
Para todas as idades, em qualquer lugar
Versátil e educativo, MudaMente pode ser usado como dinâmica de grupo, atividade pedagógica, treinamento corporativo ou ferramenta de diálogo em família.
O jogo estimula discussões sobre preconceitos e promove um ambiente seguro para aprender, refletir e, acima de tudo, evoluir juntos.
“O objetivo não é apontar o erro, mas construir juntos novas formas de falar e de pensar. Afinal, inclusão se aprende e se pratica todos os dias”, reforça JP Polo.
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