Pesquisa da Urban Systems aponta que empreendimentos estúdios estão concentrados em regiões próximas a eixos de transporte
Os estúdios conquistaram o mercado imobiliário do país, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Só a primeira metrópole recebeu 50.134 unidades com esse perfil, distribuídas em 436 edifícios entre 2020 e 2025. Já o Rio de Janeiro lançou 7.410 unidades, localizadas em 69 edifícios, ou seja, São Paulo lançou cerca de 6,8 vezes mais unidades de estúdios que o Rio de Janeiro no período analisado. Os dados são da Urban Systems, consultoria de inteligência de mercado.
De acordo com o estudo, em São Paulo estes lançamentos estão concentrados em regiões centrais e eixos de transporte estruturado, como linhas de trem e metrô, com destaque para áreas próximas às estações e terminais de ônibus. Esse padrão reforça a lógica de adensamento orientado ao transporte. O DOT se mostra uma oportunidade de planejar estrategicamente os ambientes urbanos visando a redução dos deslocamentos e maior sustentabilidade.
Apesar de ainda pouco explorado no país, a Urban Systems tem atuado junto a diferentes parceiros na formatação de grupos para o desenvolvimento das estratégias DOT nas principais cidades brasileiras. Saiba mais aqui!
Lançamentos de estúdios em São Paulo (2020–2025)
Fonte: Urban Systems, 2025
Já o Rio de Janeiro, indica o levantamento, tem uma dispersão mais limitada, com projetos na Zona Sul, Barra da Tijuca e região central, e baixa penetração nas zonas Norte e Oeste, mesmo em áreas bem servidas por transporte ferroviário. “Neste caso, o adensamento segue muito mais a lógica da atratividade de mercado do que a infraestrutura de mobilidade. O fenômeno dos estúdios no Rio está muito relacionado ao Plano Reviver Centro, da Prefeitura do Rio, que incentiva as incorporadoras a investirem no Centro da cidade e, em contrapartida, elas recebem um maior potencial construtivo para ser utilizado na Zona Sul. E muitos projetos de unidades compactas estão sendo lançados justamente nestes bairros. Até a Barra da Tijuca já conta com residenciais com a proposta de moradia ou de locação de temporada”, observa Thomaz Assumpção (foto), CEO da Urban Systems.
Lançamentos de estúdios no Rio de Janeiro (2020–2025)
Fonte: Urban Systems, 2025
Ele complementa que esse modelo atende à demanda por uma “segunda moradia” ligada ao trabalho. “Os estúdios podem servir de apoio para estudantes, profissionais de saúde e outros, contribuindo para a qualidade de vida ao aproximar moradia e trabalho. Também são usados para a locação de temporada, especialmente em locais com apelo turístico. Por isso, têm atraído cada vez mais o interesse do investidor, que compra com o objetivo de ganhar com o aluguel da unidade.
Assumpção diz ainda que a relação entre a compra de estúdios em locais com eixos de transporte é bastante significativa. “Adquirir, morar ou alugar um estúdio próximo a metrôs, trens, BRTs e corredores de ônibus valoriza o imóvel, pois facilita o deslocamento, reduz o tempo de trajeto e melhora a qualidade de vida, o que é altamente desejado por compradores e investidores.”, analisa o CEO da Urban Systems.
Entender a lógica urbana de hoje e projetar o amanhã por meio de uma visão sistêmica do crescimento local e regional é o papel da Urban Systems. Os estudos elaborados pela empresa permitem dimensionar as demandas demográficas e econômicas e vislumbrar o sucesso desejado nas ações planejadas. Fale conosco!
Conteúdo elaborado pela redação Urban Systems.
* Os dados foram levantados no primeiro semestre de 2025, sendo assim, possuem valores referentes a este período.
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