por José Reis Chaves
Pelo comentarista que aborda o assunto, percebe-se que o Papa, sabiamente, foi muito cuidadoso na sua abordagem sobre o Inferno, pois ele sabia que muitos teólogos iriam discordar dele, como está acontecendo. Isso lembra o que dizia o cardeal dom Serafim, de Belo Horizonte: “A Igreja é santa e pecadora.” E dá para concluirmos que como pecadora, ela erra como, realmente, errou ensinando que o Inferno é para sempre!
Talvez fosse necessário esse ensino errado do Inferno sem fim no passado, pois as pessoas eram muito atrasadas no seu conhecimento sobre Deus e, por isso, precisassem de ter uma ideia de um Deus mais rigoroso, para que tivessem mais medo Dele e do Inferno e, consequentemente, fossem menos pecadoras e mais cristãs!
E vamos ao texto do comentarista, a fim de que tenhamos uma melhor compreensão dessa questão muito importante para o cristianismo.
O Papa Leão XIV não falou diretamente contra um "inferno sem fim", mas proferiu importantes ensinamentos que têm a ver com a temporalidade do Inferno: "O mal não vai prevalecer e estamos todos nas mãos de Deus transmitindo uma mensagem de fé e a esperança de que o amor e o bem triunfarão. Ora, o que é contrário à ideia de condenação sem fim e desespero é contrário também à ideia do Inferno para sempre. As suas declarações, feitas após a eleição em maio de 2025, enfatizaram a fé na vitória do bem sobre o mal, ou seja, o Inferno sempiterno pela proteção divina da misericórdia infinita a todos os fiéis, pois Deus não faz acepção de nenhum de seus filhos criados todos por Ele com seu amor infinito! Todos podemos, pois dar um feliz adeus sempiterno ao Inferno sempiterno.
Mas, com certeza, alguém dirá que o Inferno eterno ou sem fim está na Bíblia! E aqui cabe um esclarecimento. O significado verdadeiro do adjetivo eterno em português é tempo indeterminado e não sem fim, como aprendemos. Ele corresponde às palavras bíblicas “olâm” (hebraica do Velho Testamento) e “aionios” (grega do Novo Testamento), cujos significados são de tempo indeterminado e não sem fim. E essas duas palavras correspondem ao “eternus” em latim que, também, significa tempo indeterminado e não sem fim. No hebraico sem fim é “ein sof” correspondente ao grego “aion”, ao latim “sempiternus”e ao português sempiterno. Leão XIV, de fato, está certo, pois aprendemos errado o ensino da Bíblia. Graças a Deus, portanto, podemos dar Adeus ao Inferno sempiterno, pois, ele é mesmo eterno e não sempiterno!
PS: Com este colunista José Reis Chaves, professor de português e literatura[JdRC1] aposentado, “O Espiritismo na Bíblia” na TV Mundo Maior e palestras e entrevistas em TVs (Youtube e Facebook). Seus livros estão, também, na Amazon, inclusive, os em Inglês, e a tradução da Bíblia (Novo T.). Contato Editora Chico Xavier. Cássia e Cléia.
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