Chefe-geral da Embrapa Cerrados é homenageado em evento do Instituto Fórum do Futuro

       Foto: Juliana Caldas

O chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto, foi homenageado na quarta-feira (10) em um evento promovido pelo Instituto Fórum do Futuro e pela Rede do Conhecimento, realizado no auditório da Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF), em formato híbrido (acesse aqui a gravação).

Durante a cerimônia, Sebastião Pedro recebeu uma placa comemorativa em reconhecimento à sua trajetória profissional e às relevantes contribuições para a pesquisa agropecuária brasileira. A entrega foi feita por Paulo Romano, presidente do Instituto Fórum do Futuro, que destacou a importância do trabalho do pesquisador e gestor para o avanço da ciência e da inovação no agronegócio.

A mensagem gravada na placa ressaltou o papel de Sebastião Pedro tanto como pesquisador quanto como gestor comprometido com a integração entre ciência, sociedade e setor produtivo, alinhado ao legado do ex-ministro da Agricultura Alisson Paolinelli, fundador do Instituto Fórum do Futuro. A homenagem também integrou as comemorações dos 50 anos da Embrapa Cerrados.

“É uma justa homenagem a um profissional que dedicou sua vida profissional ao fortalecimento da ciência agropecuária. Desde os tempos em que coordenou o Prodecer (Programa de Cooperação Brasil-Japão) até sua atuação como chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião tem sido decisivo para o avanço do conhecimento e para o desenvolvimento de um agronegócio cada vez mais sustentável no país”, afirmou Romano.

Em seu discurso de agradecimento, Sebastião Pedro compartilhou passagens marcantes de sua trajetória profissional. “Eu fui um menino criado no Cerrado. Em 1985, quando cursava Agronomia em Viçosa, me deparei na biblioteca com um trabalho escrito por Paulo Romano sobre o potencial agrícola do Cerrado. A leitura daquele material foi tão inspiradora que me motivou a escrever minha monografia sobre o tema”, relembrou.

Algum tempo depois, Sebastião conheceu pessoalmente o autor do trabalho que tanto o inspirou. “Foi um encontro casual. Eu estava procurando trabalho, e ele me sugeriu procurá-lo na empresa Campo (Campo Biotecnologia Vegetal), que estava estruturando o departamento de biotecnologia. Pouco tempo depois, comecei a trabalhar lá e realizei um grande sonho: comprovar que era possível produzir no Cerrado”.

Segundo ele, foi nessa época que aprendeu a valorizar o papel da ciência para apoiar o agricultor. “O Cerrado estava no início de sua ocupação agrícola e havia muitas carências de conhecimento. Ali entendi que a pesquisa precisa ser feita para resolver problemas reais”. Na mesma instituição, ele teve a oportunidade de conhecer o ex-ministro Alisson Paolinelli. “Ele sempre nos inspirou a acreditar no que não se vê. Guardo esse ensinamento até hoje”, disse.

Sebastião também relembrou o caminho que o levou à Embrapa Cerrados. “Fui convocado, mas não podia sair da Campo naquele momento. Depois de muitos adiamentos, finalmente assumi. Atuei como pesquisador, depois como chefe-adjunto de transferência de tecnologia e, por fim, cheguei à chefia geral. Hoje, temos conseguido fortalecer parcerias com a iniciativa privada e trazer para a prática o ideal do doutor Alisson: acreditar no que ainda não vemos”.

O presidente do Instituto Fórum do Futuro ressaltou, na ocasião, a importância da Embrapa Cerrados como uma das principais parceiras da Rede do Conhecimento, que apoia as reflexões e ações estratégicas do Fórum do Futuro. A homenagem ao pesquisador e gestor Sebastião Pedro marcou a abertura de uma sessão de debates sobre alimentos saudáveis, agricultura regenerativa, indicadores de sustentabilidade e comunicação estratégica. O evento contou com palestras e discussões técnicas, reunindo especialistas, além de representantes do setor agropecuário, para traçar estratégias de inovação para o futuro do campo.

Juliana Caldas (MTb 4861/DF)
Embrapa Cerrados

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