Mediunidade e Evangelho


 

Resumo
O estudo da Doutrina Espírita (DE) é essencial para compreender as leis divinas e o propósito da existência. A mediunidade, um dos pilares da DE, desempenhou papel fundamental na consolidação do Espiritismo, desde os fenômenos das irmãs Fox até as investigações de Allan Kardec, que codificaram as comunicações espirituais. Obras como O Livro dos Espíritos e as psicografias de Francisco Cândido Xavier exemplificam como a mediunidade contribuiu para disseminar ensinamentos espirituais e promover o progresso moral da humanidade.
A influência da mediunidade transcende o Espiritismo e pode ser identificada em diversas tradições religiosas, incluindo o Cristianismo dogmático. A Bíblia registra inúmeras manifestações espirituais, como a transfiguração de Jesus, onde Ele dialoga com Moisés e Elias (Mateus 17:1-9). Embora Moisés tenha proibido a comunicação com os espíritos (Deuteronômio 18:10-13), sua intenção era evitar práticas supersticiosas e abusivas, sem negar a realidade do intercâmbio espiritual. Essa posição se confirma quando ele afirma: "Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta!" (Números 11:29), demonstrando um entendimento mais amplo sobre a mediunidade.
A mediunidade é uma faculdade natural do ser humano, acessível a todos, e manifesta-se de diferentes formas, como a psicografia, psicofonia, vidência e a mediunidade de cura. No Espiritismo, seu exercício deve estar fundamentado na ética, no estudo contínuo e no compromisso com o bem, tendo sempre como finalidade o progresso espiritual da humanidade. O Evangelho Segundo o Espiritismo enfatiza a importância da humildade e da responsabilidade na prática mediúnica, destacando que os bons espíritos só estabelecem comunicação com médiuns que cultivam intenções elevadas e trabalham em favor do bem comum.
O verdadeiro propósito da mediunidade é a caridade, seja por meio de mensagens de conforto, passes espirituais, esclarecimento ou auxílio a espíritos sofredores. Allan Kardec enfatiza a gratuidade da mediunidade, pois comercializá-la seria desvirtuar sua finalidade. Grandes médiuns como Chico Xavier exemplificaram essa postura ao dedicar sua vida ao serviço do próximo, promovendo consolo e orientação espiritual.
A relação entre Jesus e a mediunidade se manifesta em diversos episódios, como suas curas espirituais, que podem ser vistas como transmissões de fluidos magnéticos, e a expulsão de espíritos obsessores (Mateus 8:28-34). No Espiritismo, entende-se que Jesus era o Médium de Deus, comunicando diretamente as leis divinas e demonstrando a importância do amor e da verdade na conexão com o plano espiritual.
O Apocalipse de João também pode ser interpretado como uma obra mediúnica, repleta de visões e revelações. O Espiritismo ensina que os bons espíritos atuam como mentores espirituais, orientando os encarnados através de mensagens elevadas e coerentes. Para manter a sintonia com espíritos superiores, é necessário praticar o bem, evitar sentimentos negativos e buscar conhecimento.
A educação mediúnica é um aspecto essencial do Espiritismo. Kardec ensina que a disciplina, estudo e reforma íntima são indispensáveis para que a mediunidade seja exercida de forma equilibrada. Entre suas manifestações mais elevadas está a mediunidade curadora, que se baseia na transmissão de fluidos espirituais para promover o equilíbrio e o bem-estar. Jesus e Chico Xavier são exemplos máximos de como essa prática pode ser utilizada para aliviar sofrimentos físicos e espirituais.

                                                           Espiritismo e Evangelho: Mediunidade e Evangelho - Final

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