Setembro Verde: conheça 10 sintomas do câncer de intestino para ficar de olho

Apesar do tumor ser mais comum a partir dos 50 anos, estudos mostram que diagnóstico cresce anualmente nos mais jovens; Oncologista alerta sobre sinais e importância do tratamento precoce

Setembro Verde traz um alerta fundamental: a importância do diagnóstico e tratamento precoce do câncer de intestino. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que no triênio 2023-2025 haja 45.630 casos da doença em homens e mulheres a cada ano.

Com uma maior incidência a partir dos 50 anos, podendo aumentar com o avanço da idade, o tumor colorretal se desenvolve no intestino grosso: no cólon ou em sua porção final, o reto. Vale lembrar ainda que o principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma e, em 90% dos casos, ele se origina a partir de pólipos na região que, se não identificados e tratados, podem sofrer alterações ao longo dos anos, tornando-se cancerígenos.

No entanto, é preciso olhar também para o diagnóstico em pessoas mais jovens. Um dos estudos científicos que embasam a argumentação foi publicado no Journal of the National Cancer Institute e realizado nos Estados Unidos de 1974 até 2013. A análise mostrou que nas pessoas entre 20 a 39 anos de idade, por exemplo, o número de novos casos de câncer de intestino vem crescendo anualmente, entre 1% e 2,4%, desde a década de 1980. Já os casos de câncer de reto, nas pessoas entre 20 e 29 anos de idade, tiveram um aumento anual médio de aproximadamente 3,2%, desde 1974.

De acordo com o Dr. Artur Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é muito importante que a população conheça os sinais do câncer colorretal e procure por um especialista o quanto antes. "Apesar da doença muitas vezes ser silenciosa, o paciente deve observar se há alteração nos hábitos intestinais, como constipação, diarreia, ou estreitamento das fezes por alguns dias, ausência da sensação de alívio após a evacuação, como se nem todo conteúdo fecal fosse eliminado, nódulo no abdômen, sangue nas fezes, cólica, dor abdominal, perda de peso sem motivo aparente, sangramento retal, fraqueza e sensação de fadiga", explica.

É possível prevenir?

Dentre os fatores de risco do câncer colorretal, é possível observar uma relação com os hábitos alimentares e de vida, além de condições prévias de saúde. Como forma de prevenção, o oncologista reforça que é necessário seguir algumas orientações.

"Deve-se investir em uma dieta rica em fibras e uma menor ingesta de carnes vermelhas, processadas e expostas ao calor intenso, praticar atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e tabagismo e manter um peso saudável. Além disso, é importante investigar se o paciente possui doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn ou colite ulcerativa, além de histórico familiar de casos de câncer colorretal", explica Artur Ferreira.

Como o diagnóstico é feito?

Antes de tudo, o oncologista irá analisar o histórico do paciente e se existem possíveis sinais de risco para a doença. Em seguida, para que o diagnóstico seja de fato definido, é necessário a realização de exames, sendo o primeiro deles o físico. Nele, o médico irá palpar o abdômen em busca de algum tipo de anormalidade, ou seja, órgãos aumentados ou massas no local.

O especialista pode solicitar ainda um exame digital retal. Com o dedo protegido por uma luva lubrificada, o médico irá avaliar se existe algo de diferente no reto do paciente. "Além do exame físico e digital, pode ser pedido exames de sangue e fezes, biópsia, colonoscopia e de imagem, como raio X, ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET Scan", comenta.

Após o diagnóstico, o médico irá avaliar também em qual estádio o câncer colorretal é classificado. Segundo o oncologista, essa informação é fundamental para determinar os passos do tratamento e entender se há ou não o comprometimento de outros órgãos.

  • Estádio I – tumor confinado à mucosa (IA) ou a camada muscular (IB) do cólon ou do reto e sem comprometimento dos linfonodos (gânglios);
  • Estádio II – tumor confinado à serosa que reveste o cólon ou reto (IIA) ou que atingiu órgãos vizinhos (IIB), mas sem comprometimento dos linfonodos (gânglios);
  • Estádio III – comprometimento dos linfonodos próximos ao cólon ou reto; e
  • Estádio IV – comprometimento de órgãos distantes.

Tratamento

Na maioria dos casos, felizmente o câncer colorretal é curável. No entanto, é essencial que o diagnóstico aconteça precocemente, aumentando assim o sucesso do tratamento. "A equipe multidisciplinar irá avaliar cada caso a parte, adotando quais serão as estratégias e opções disponíveis para o paciente", comenta o oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

Os tratamentos para a neoplasia podem ser definidos em dois tipos:

  • Tratamentos locais (cirurgia, radioterapia, embolização e ablação): agem diretamente no tumor, sem afetar o restante do corpo. Pode ser realizado nos estádios iniciais ou ainda nos tumores menores que não apresentam metástase.
  • Tratamentos sistêmicos (quimioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo): pode ser realizado por drogas orais (comprimidos) ou endovenosas (na veia), aplicando diretamente na corrente sanguínea.

Vale lembrar ainda que o câncer colorretal é a única neoplasia que já pode ser tratada enquanto estiver na fase pré-cancerosa. O procedimento consiste na retirada dos pólipos, que podem surgir na parede interna do intestino grosso.

"Diferente do câncer de mama, por exemplo, onde a doença é identificada geralmente em fase inicial com os exames de rotina, o tumor colorretal pode ser descoberto na fase pré-cancerosa com a colonoscopia. A boa notícia é que quando as lesões são precocemente removidas, o aparecimento do câncer pode ser evitado", finaliza. 


Sobre o Grupo Oncoclínicas

A Oncoclínicas - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.600 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 134 unidades em 35 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos no acesso ao tratamento oncológico, realizando mais de 500 mil procedimentos no último ano (2022). É parceira exclusiva na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MEDSIR, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

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