6 coisas que você não sabia sobre a vacina contra gripe



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Abril é o mês da Páscoa e também da Campanha de Vacinação contra Gripe. A nossa dica é que você se esbalde no chocolate, mas sem esquecer da saúde. Anote na sua agenda que está chegando a hora de tomar essa vacina (na versão tri ou quadrivalente). 


Ela é muito importante e serve para proteger pessoas a partir dos 6 meses de  infecções e complicações causadas pelo vírus Influenza. Na verdade, é a forma mais eficaz de prevenção. 

 

Nesta matéria, você vai saber mais sobre a vacina contra gripe. Separamos algumas curiosidades sobre o assunto. Venha conferir!  


  1. “Vacina da gripe” não é o jeito certo de falar 

A gente escuta muita gente falar “vacina da gripe” o tempo todo. É algo comum e corriqueiro, mas o jeito certo é “vacina contra gripe”. Afinal, esse imunizante não é capaz de causar a doença. Ele não “dá” gripe, já que é feita por partículas mortas do vírus, mas é o melhor meio de prevenção. 

  1. A vacina contra gripe do posto de saúde não é igual a do particular

A vacina contra gripe oferecida no posto de saúde (do SUS) tem proteção contra 3 cepas do vírus Influenza, por isso é chamada de trivalente. Já a do particular, ou melhor, da rede privada de saúde, oferece uma proteção maior. Ela previne contra 4 tipos do mesmo vírus e é conhecida como quadrivalente. 

  1. Ela muda todo ano: tanto que a versão da vacina de 2023 é diferente da de 2022

Na versão de 2023, as vacinas contra gripe trivalente e quadrivalente tiveram mudanças na sua composição. Agora, o imunizante tem proteção contra o H1N1, variação do vírus Influenza que causou um surto de gripe em 2021. Em 2022, a cepa disponível era a de 2019. Os outros componentes são iguais aos da versão do ano passado. 

Veja na tabela abaixo qual é a diferença entre a tri e a quadrivalente:

Vacina contra gripe – Trivalente 2023

(rede pública)

Vacina contra gripe –  Quadrivalente 2023

(rede privada)

  • Influenza A / Sydney / 5 / 2021 (H1N1) pdm09;

  • Influenza A / Darwin / 9 / 2021 (H3N2);

  • Influenza B / Austria / 1359417 / 2021 (Victoria).

  • Influenza A / Sydney / 5 / 2021 (H1N1) pdm09;

  • Influenza A / Darwin / 9 / 2021 (H3N2);

  • Influenza B / Austria / 1359417 / 2021 (Victoria);

  • Influenza B / Phuket / 3073 / 2013 (Yamagata).


  1. A composição anual da vacina contra gripe é decidida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

A OMS realiza duas consultas técnicas por ano para deliberar sobre a nova composição da vacina contra gripe. Uma acontece no mês de fevereiro e a outra em setembro. O objetivo é definir quais são as cepas que vão fazer parte da composição da vacina contra gripe no Hemisfério Sul e Norte. A escolha dos tipos de vírus que o imunizante vai proteger é de acordo com os que mais estão causando infecções nos humanos durante o ano.

  1. Quantidade de doses é diferente para crianças entre 6 meses e 8 anos, 11 meses e 29 dias

O que a gente mais ouve falar é sobre a necessidade de tomar só uma dose da vacina contra gripe por ano, certo? Só que a orientação muda para crianças entre 6 meses e 8 anos, 11 meses e 29 dias que nunca tiveram essa prevenção antes. Para elas, o esquema vacinal é de 2 doses na primeira vez, com intervalo de 1 mês entre elas. Só depois, é única e anual. 

  1. A vacina contra gripe oferecida no Hemisfério Norte nem sempre é igual a do Hemisfério Sul 

Uma pessoa que está nos Estados Unidos ou na Europa, por exemplo, pode acabar tomando a vacina contra gripe com uma composição diferente de quem está no Brasil. Isso acontece porque o imunizante disponibilizado por lá vai levar em conta, apenas, as cepas que mais circulam no Hemisfério Norte. 


Agora que você já viu algumas curiosidades, participe da Campanha de Vacinação contra Gripe!

Na rede pública, existe uma população que pode tomar a vacina trivalente (com menos cepas do que a do particular): idosos (pessoas com mais de 60 anos), gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses e 5 anos, pessoas com deficiência e/ou comorbidades, professores, entre outros. Os contemplados pela vacina trivalente do SUS são considerados de maior risco para complicação ou transmissão.

Já na rede privada, pessoas a partir de 6 meses podem tomar a vacina contra gripe quadrivalente. A pessoa pode escolher ir até uma empresa de saúde ou optar pelo atendimento domiciliar. 

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