Jornalista se reencontra na neurociência e ajuda mãe a enfrentar esclerose múltipla


Autora de "Pílulas para uma vida feliz e produtiva" conta como ressignificou momentos de crise para mudar de vida e fazer a diferença na rotina de quem ama

Abilene Rodrigues tinha sido demitida de um emprego que amava quando começou a se aprofundar nos estudos sobre a mente. Iniciou uma pós-graduação em Neurociência e Performance Humana e decidiu compartilhar seus conhecimentos no livro Pílulas para uma vida feliz e produtiva. O conteúdo é consequência dos aprendizados nos últimos anos: a partir de textos curtos, ela propõe reflexões e atividades aos leitores, com objetivo de promover mudanças efetivas em suas vidas.

A primeira experiência da autora foi realizada com a própria mãe, que tem esclerose múltipla e, por muitos anos, enfrentou crises que a impediam de viver plenamente. Juntas, as duas colocaram em prática as ações da obra e, além de terem se aproximado mais, também viram as dores da doença diminuírem.

Na entrevista abaixo, Abilene Rodrigues trata da proposta do livro, lembra as situações que a fizeram conhecer a neurociência e também recorda os efeitos dos textos ativacionais no cotidiano da mãe. Leia:

1 – No livro “Pílulas para uma vida feliz e produtiva”, você traz textos curtos e “ativacionais” baseados em conceitos da neurociência. De que forma eles funcionam no dia a dia das leitoras?

Abilene Rodrigues: Como são textos curtos e em formatos de perguntas, a leitora vai parar por alguns minutos para avaliar a própria vida. Para pensar nela, no que a incomoda, no que a faz feliz, no que a deixa triste, no seu potencial, no que a impede de realizar seus objetivos, no que tem atrapalhado o seu desenvolvimento... A ideia é que ela saia do automático e, assim, tome decisões e aja na direção de fazer mudanças e dos sonhos.

2 – O livro surgiu de uma experiência difícil que teve na sua vida. Pode contar um pouco sobre isso e como conseguiu superar?

A.R.: Eu tinha acabado de ser dispensada de um emprego que amava depois de 16 anos. Como era prestadora de serviços, saí sem um real, mas tinha várias contas para pagar e dois filhos pequenos. Mesmo sem conhecer as ferramentas da neurociência, eu sempre acordava cedo. Me arrumava e ia para o meu escritório procurar o que fazer. Quando as crianças estavam por perto, eu os abraçava muito. Sorria com eles. Depois que conheci as ferramentas da neurociência, percebi que já estava praticando sem saber os benefícios. Conforme fui aprendendo, fui me apaixonando cada vez mais por cada ferramenta. Hoje uso o meu cérebro a meu favor, de forma consciente e racional.

3 – Uma das primeiras pessoas a “testar” o método das pílulas diárias foi a sua mãe que, inclusive, escreveu um depoimento na contracapa do seu livro. O que essas mudanças de atitude significaram para a vida dela e a sua?

A.R.: Minha mãe tem esclerose múltipla. Passava dias na cama, semanas sem sair do quarto. Mal conseguia andar. E isso fazia muito mal para nós. Ela ficou sem ir ao chá de bebê da minha filha porque estava em crise. Em muitas datas especiais para nós, ela estava ausente. Sem contar as vezes que precisei de um apoio de mãe, e ela estava impossibilitada de ajudar.  Quando saíamos de casa, muitas vezes ela voltava na cadeira de rodas, porque, no meio do caminho, ficava sem forças nas pernas.

Mas, um dia, ela me pediu ajuda. Ela me olhou como uma profissional e seguiu todas as minhas orientações. A maior conquista foi ela ter entendido a doença. Hoje ela sabe que ter uma doença é diferente de estar doente. Ela sabe que a esclerose múltipla exige inteligência emocional. Agora ela está sem crises há vários anos. Nossa relação mudou muito. Inclusive, ela nos ajuda com as crianças, o que antes era impensável. Ela leva uma vida normal e feliz. Até aprendeu Libras.

4 – Podemos dizer que o livro também é sobre esperança por dias melhores? Qual a sua principal mensagem que você quer passar para as mulheres que forem ler sua obra?

A.R.: Sempre fui muito sonhadora. E acredito que isso é o que nos move. Depois que aprendi sobre neurociência, entendi a importância de sonhar, porque a realidade começa na nossa mente. Quero que as pessoas realizem seus desejos, pratiquem a felicidade, tenham uma vida mais leve e sejam mais positivas.

Sobre a autora: Abilene Rodrigues é natural de Foz do Iguaçu, no Paraná. Jornalista, com mais de 20 anos de experiência profissional, também é mãe, esposa e como muitas outras mulheres, passou por dificuldades que testaram os próprios limites. Em meio a uma depressão e declínio profissional, procurou ajuda nos livros e se apaixonou pela neurociência. Depois de ter aplicado o que estudou, começou a compartilhar essas experiências com pessoas à sua volta; e para fazer a transformação chegar a um público maior, se dedicou à literatura. Pílulas para uma vida feliz e produtiva é seu livro de estreia.

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