Falta de medicamentos compromete o trabalho em unidades de terapia intensiva

 


A Associação Médica Brasileira informa que se reuniu com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, órgão do Ministério da Saúde, em busca de resolução à falta de medicamentos ao atendimento emergencial de pacientes hospitalares acometidos pela COVID-19, em especial de bloqueadores neuromusculares - indispensáveis ao processo de intubação de doentes em fase crítica.

Lamentavelmente, o número de pacientes infectados no Brasil dispara, assim como a daqueles que exigem atendimento hospitalar. Seguindo a mesma tendência, é cada vez mais significativo o contingente de pacientes que precisa de internação em UTI, com sedação e intubação.

A AMB acompanha a questão com especial atenção. A saúde e a vida de nossos pacientes nos é cara; requeremos condições adequadas e dignas para atendê-los.

Contudo, os médicos do Brasil veem, instante a instante, amplificados os desafios para a assistência adequada e as melhores práticas da Medicina. Hoje, estão esgotando rapidamente os estoques de medicamentos, entre outros problemas.

Os cidadãos precisam de apoio e verdade, sempre. Assim, por compromisso ético e zelando pela transparência, informamos que, na ausência de tais drogas, não é possível oferecer atendimento adequado para salvar vidas.

Uma Unidade de Terapia Intensiva é composta por espaço físico equipamentos, medicamentos, materiais e recursos humanos. A falta de qualquer desses elementos inviabiliza a execução dos procedimentos.          

Reiteramos a urgência de o Brasil recorrer às leis e normativas de exceção que permitem a Anvisa encaminhar a aquisição dos produtos em caráter excepcional, seja aqui ou no mercado internacional.

 

São Paulo, 20 de marco de 2021

Associação Médica Brasileira 

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