Empresário que promovia rinha de galos é denunciado pelo MP

O empresário deve responder por prática de maus-tratos, ferir ou mutilar animal silvestre. A pena pode chegar até 9 anos de detenção e multa

Por Folha Web
Em 30/04/2020 

Na Ação Civil Pública ajuizada, o MP pede a condenação por danos morais coletivos 
(Foto: Divulgação)

Um empresário foi denunciado à Justiça, por meio da Promotoria de Justiça de Pacaraima, do Ministério Público de Roraima (MPRR), nessa terça-feira (28), por crime ambiental.
De acordo com o MP, durante uma operação da Polícia Federal, em novembro passado no município de Pacaraima, os agentes encontraram na casa do comerciante uma grande estrutura para alojamento e criação de aves, a qual abrigava 211 galos de raça, uma arena com características para a prática de rinha, medicação de uso suplementar veterinário, bisturi usado, seringas, agulhas para sutura, 111 lacres e 169 anilhas de asa na cor amarela.
Laudos técnicos apontaram que a maioria das aves apresentava escoriações, lesões nas regiões de coxa, sobrecoxa, peito e asas, perda de esporão, lesões nos bicos e aumento exagerado da massa muscular peitoral das aves, características físicas que determinam que os animais foram usados para combate (rinha).
O empresário deve responder por prática de maus-tratos, ferir ou mutilar animal silvestre. A pena pode chegar até 9 anos de detenção e multa. Segundo o promotor de justiça Valcio Ferri, o empresário também foi processado na esfera cívil. Na Ação Civil Pública ajuizada, o promotor pede a condenação por danos morais coletivos com o pagamento de R$100 mil.
“A gravidade do dano é extremada, comprovado que 211 aves foram expostas a tratamento cruel, por vários anos (de 2017 a 2019, no mínimo), com fornecimento de alimento e água insuficientes e inadequados, apresentando a grande maioria lesões e aumento exagerado da massa muscular peitoral, características físicas que determinam que estas foram utilizadas para combate (rinha) e possível administração de fármacos por acesso à musculatura peitoral”, argumentou o promotor Valcio Ferri.

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