Nos bastidores políticos jalesenses, os discutidores acham que começa a se confirmar ...a tese

A voz do povo
diz que o ano de 2020 começou no Brasil há três dias, na Quarta-feira de Cinzas (dia 26). Agora, passado o Carnaval e tendo logo à frente o mês de março (com datas importantes no Calendário Eleitoral), é mesmo preciso que os brasileiros retomem a vida normal.
Os partidos
políticos locais que se prezam – que se consideram capazes de ajudar a engrenar um novo período de prosperidade para a comunidade – devem começar a ativar os seus membros efetivos e aderir outros filiados de boa qualidade. A finalidade é conquistar nas urnas uma boa soma de votos para eleger representantes no Poder Legislativo.
Não sendo
mais possível realizar coligações – para juntar esforços numa união partidária, visando conquistar vagas no Poder Legislativo –, a figura do candidato “puxador  de votos” perde intensidade. Os partidos precisam se fortalecer para evitar derreter nas urnas. Precisam formar um quadro de bons filiados e oferecer bons candidatos ao eleitorado.
No pleito de
2016, no município de Jales – dos 14 partidos políticos que participaram do certame – apenas quatro (PSB, DEM, PPS e PSDB) obtiveram votação acima do QE Quociente Eleitoral calculado em 2.371 votos, necessário para acesso a uma cadeira no Poder Legislativo.
Os partidos
PRB, PMDB, PT, PEN, PTB, PRP e PV não chegaram a dois mil votos. Deles, apenas PRB e PMDB elegeram (em coligação) um vereador cada. Para o pleito de 2020, os partidos que se mantiverem desmotivados – sem aumentar o número dos seus candidatos e sem ter como aumentar suas votações – vão ficar apartados do Poder Legislativo.
Os analistas
lá do botequim da vila, pensando nos partidos políticos locais, comentaram: “Jacaré que fica parado vira bolsa de madame”. Os partidos pequenos, ditos “nanicos”, existem em função das coligações. Mas neste ano só poderão se coligar para eleger Prefeito e Vice-prefeito. Depois, os eleitos no Executivo representarão seus próprios partidos.
Na quinta-feira
(dia 27), a vereadora Marinete Saracuza (PP), foi homenageada pelos uranienses e correligionários pela passagem do seu aniversário. Parabéns desta FolhaGeral.
Nos municípios
com população de cidadãos abaixo de 30 mil eleitores, poderá ser difícil que os principais partidos políticos – individualmente – alcancem excelentes votações, suficientes para eleger mais de um vereador neste ano.
Por exemplo,
no município de Urânia, há 16 partidos políticos que recebem votos. O QE Quociente Eleitoral nas eleições de 2016 foi de 591 votos. Entre estes 16 partidos, somente três alcançaram o Quociente Eleitoral: PSDB (801votos); DEM (730 votos); SD (636 votos). Assim, separadamente, sem coligação, fica mais difícil eleger mais de um vereador.
No dia 26
do próximo mês de março – uma quinta-feira – o FUNDECITRUS Fundo de Defesa da Citricultura, mantido por citricultores e indústria de sucos do Estado de São Paulo, vai promover o Workshop Internacional Colheita Mecanizada de Citros, em Araraquara (SP), cidade sede da entidade. O evento é gratuito.
As apresentações
serão feitas por técnicos especialistas de sete países. Terão os objetivos de difundir a experiência da citricultura mundial e de outros setores frutícolas sobre o tema, de apresentar as pesquisas em desenvolvimento e de debater desafios e oportunidades para a colheita mecânica de citros.
A citricultura
brasileira é um exemplo de atividade socioeconômica praticada com excelência, apesar dos pesares existentes no país. O FUNDECITRUS é referência mundial em ciência e tecnologia de citros. O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo.
A corrente safra
de laranja (2019/2020) no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudeste Mineiro está estimada em 384,87 milhões de caixas de 40,8 Kg. Em 2019, no Estado de São Paulo, a citricultura foi responsável por 26% dos postos de trabalho gerados no ano.
Uma ala da
comunidade jalesense está reclamando, dizendo que a Santa Casa de Jales não tem sido bem lembrada nas reivindicações de verbas por parte dos políticos locais, em relação a outros setores de interesse público.
Esta é uma
questão que não pode ser politizada nem ser tratada com intriga. Além de ser um assunto que diz respeito ao atendimento de pacientes em busca de recuperação da saúde, a Santa Casa de Jales está muito acima de conversas improdutivas.
É certo que
a Provedoria da Santa Casa deve continuar, incansavelmente, providenciando visitas aos gabinetes dos deputados estaduais e federais, aos órgãos governamentais repassadores de verbas, em busca de recursos para manter a boa qualidade dos seus serviços.
Como é de
conhecimento geral, verdadeiramente, hoje o Hospital de Amor – Unidade Jales é uma referência nacional; e a Santa Casa de Jales faz tempo que mostrou ao público e aos políticos que é uma referência regional no Estado. Para as duas entidades, a luta para receber recursos públicos e privados tem que ser abraçada por todos.
Aliás, a ocasião
é bem oportuna para que a comunidade jalesense, apoiando seus representantes, cobre recursos aos parlamentares que tiveram boa votação em Jales. Em nível estadual, a Janaína Paschoal. Em nível federal, a Carlos Bolsonaro. Pelo número de eleitores em Jales, eles aqui tiveram boas votações.
Nos bastidores
políticos jalesenses, os discutidores acham que começa a se confirmar a tese de que Luís Henrique Moreira (PSDB) – como já divulgou esta coluna – virá a ser o candidato a vice-prefeito na chapa de Flávio Prandi (DEM) que disputará a reeleição.
Fontes dizem
que os tucanos estão analisando seriamente esta possibilidade. Nomes de peso da política estadual tucana já falam nesta tese. Claro que a decisão tomada, seja qual for, para valer mesmo deverá ter o aval da cúpula principal do partido.
Para a turma
de analistas lá do botequim da vila, a aparente quietude política de hoje pode desandar em turbulências. O prefeito Flávio Prandi (DEM), quando se envolver na reeleição, poderá sofrer críticas nos meios eletrônicos, tanto por sua política como por sua administração.
As notícias
e opiniões que transitam nos meios eletrônicos hoje podem até mudar eleições. Não é a toa que as autoridades políticas em todo mundo batalham para controlar as mídias digitais. Quem entra em disputa política, tem que se preparar para aguentar firme a agitação.
O vereador
Luiz Henrique Viotto “Macetão” (PP), em documento enviado ao prefeito Flávio Prandi (DEM), pergunta o que os moradores do Loteamento “João Batista Colodetti” precisam fazer para obter a documentação de suas propriedades.
O edil justifica
que a documentação é um direito dos moradores. Macetão indagou o que o Executivo está fazendo para garantir esse direito aos moradores e se há previsão para que esses munícipes obtenham os documentos.
Mas este caso
mostra que o vereador Macetão está deixando escapar uma boa oportunidade de ser mais direto, mais útil e mais simpático com a população. Ele bem que poderia, pessoalmente, tomar conhecimento da referida documentação e levar as instruções explicadas aos moradores. Ganharia tempo e a gratidão dos pretendentes em regularizar seus imóveis.
Em Brasília DF,
a tensão política subiu nos últimos dias. O general Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional) criticou os congressistas (deputados e senadores). Em favor do ministro, o capitão Bolsonaro (presidente da República) convocou correligionários para uma manifestação pública. Após, a atriz Regina Duarte (futura secretária especial da Cultura) saiu em apoio dos dois e da manifestação.
Mas houve reações
contrárias (da Câmara de Deputados, do Senado, do Supremo Tribunal Federal e outros), repercutidas em tons enérgicos. O governo Bolsonaro não tem prestígio forte e legítimo no Legislativo, no Judiciário e em boa parte da população. Por falta de competência política. Então, força ter o poder. Isso gera intranqüilidade nociva e perigosa.
Na cidade de
Sobral, no Ceará, no último dia 19 (quarta-feira), o senador Cid Gomes (PDT) foi baleado ao tentar – pilotando uma retroescavadeira – invadir um Batalhão da Polícia Militar, onde um grupo de policiais amotinados reivindicava reajuste salarial. As maiores autoridades do país se limitaram a condenar os amotinados reivindicando reajuste salarial.
Por que no
Brasil essas coisas acontecem com frequência? Por que no Canadá não acontecem? A resposta é óbvia: aqui mandam políticos e gestores brasileiros; lá mandam políticos e gestores canadenses. Aqui, os policiais são mal preparados e ganham pouco; lá os policiais são bem preparados e ganham bem. Ou seja, a solução para esta situação deplorável que aqui acontece está numa só palavra: desenvolvimento.

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