Deputados argentinos manifestam apoio ao desenvolvimento de sensor de monóxido de carbono na UFSCar

Agradecimento foi registrado em carta enviada à Fapesp e à Reitoria da Universidade

Os deputados argentinos Eduardo Bucca e Fernanda Raverta encaminharam no início do mês carta endereçada à Presidência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e à Reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ressaltando a importância de pesquisa desenvolvida no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela Fapesp, com sede na UFSCar, sob a direção de Elson Longo da Silva, Professor Visitante no Departamento de Química (DQ) da Universidade.
A carta diz respeito à criação de um sensor de monóxido de carbono (CO), cuja utilização pode evitar tragédias como a que aconteceu na semana passada com seis turistas brasileiros no Chile, mortos por intoxicação por monóxido de carbono. Altamente tóxico, o gás é incolor e inodoro e, assim, de difícil detecção. A pesquisa desenvolvida no CDMF resultou em um sistema que interrompe o suprimento de gás em uma instalação se for detectada concentração superior ao nível seguro, disparando um alarme. O projeto prevê que aparelhos aquecedores de água e do ambiente tenham um sensor eletrônico de CO do tamanho de um chip, já desenvolvido e patenteado pelos pesquisadores.
Em setembro de 2018, pesquisadores do CDMF apresentaram o projeto no Congresso Nacional da Argentina, a convite de Eduardo Bucca. A Argentina registra anualmente cerca de 250 mortes e duas mil intoxicações por monóxido de carbono. Diante desse quadro, Bucca apresentou projeto de lei que torna obrigatória a utilização do sensor. Os estudos que levaram ao seu desenvolvimento foram feitos em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp); da Universidad Nacional de Mar del Plata, da Argentina; da Universitat Jaume I, na Espanha; e da Universitá degli Studi di Ferrara, na Itália, com financiamento da Fapesp e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Brasil; do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina; do Ministério de Ciência, Inovação e Universidades da Espanha; e do Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN) da Itália.

CDMF
O CDMF, além do apoio da Fapesp, recebe investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN). Multidisciplinar e com inserção internacional, o Centro reúne pesquisadores da UFSCar, Unesp, Universidade de São Paulo (USP), Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Centro de Tecnologia de Informação Renato Archer (CTI). O CDMF atua no desenvolvimento de materiais funcionais e nanoestruturados, que buscam atender as novas demandas da sociedade em três áreas estratégicas: Energia, Saúde e Meio Ambiente e Sustentabilidade. Mais informações sobre o CDMF podem ser encontradas no site do Centro, em http://cdmf.org.br/.

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