Edmir Chedid destaca preocupação com municípios do interior.


O governo estadual está em alerta depois que a circulação do sorotipo 2 da dengue foi confirmada em 19 municípios do interior – três deles na Região Administrativa de Campinas -, informou nesta quarta-feira (30) o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputado Edmir Chedid (DEM). Desde 2016, apenas o sorotipo 1 circulava nos municípios paulistas.
Os pacientes infectados por sorotipos diferentes num período de seis meses a três anos podem ter uma evolução para as formas mais graves dessa doença. De acordo com o parlamentar, já foram contabilizados 610 casos de dengue até o dia 15 de janeiro. “O número é idêntico ao verificado no ano passado e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, não representa um quadro preocupante”, disse.
Dos 645 municípios, o sorotipo 2 foi detectado em Andradina e Pereira Barreto (Região Administrativa de Araçatuba); Barretos, Bebedouro, Pirangi e Vista Alegre do Alto (R.A. de Barretos); Espírito Santo do Pinhal, Piracicaba e Santo Antônio de Posse (R.A. de Campinas); Araraquara (R.A. Central); Catanduva, Indiaporã, Ipiguá, Itajobi, Mirassol, São José do Rio Preto e Uchoa (R.A. S. J. do Rio Preto); além de Bauru e Ribeirão Preto, que são municípios-sede de região.
“Ante a constatação, é importante destacar que o sorotipo 2 está mais concentrado nos municípios das regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto. Também não podemos ignorar o fato de já ter sido identificado na região de Campinas, principalmente em Santo Antônio de Posse, praticamente no Circuito das Águas, que recebe um grande número de turistas nesta época do ano”, comentou.
Na ocasião, o parlamentar relembrou que a dengue tipo 2 não é “especialmente pior”. O risco, segundo Edmir Chedid, está relacionado à superposição do vírus. “Os municípios só haviam registrado o tipo 1. Quando circula um tipo e aparece outro sorotipo do vírus, no entanto, pode ser 2, 3 ou 4. No caso é o 2, que pode ter uma evolução para maior gravidade para quem já teve a dengue 1.”
 
Orientação
As equipes de saúde dos municípios em que a circulação do tipo 2 foi identificada estão sendo orientadas a dar assistência mais cuidadosa aos pacientes com suspeita da doença. “No ano passado, num caso de dengue, quando só circulava o tipo 1, se o paciente estava bem apenas tomava líquido e era mandado para casa; se tivesse alguma coisa, voltaria ao hospital. Hoje, para fazer isso, é preciso ter convicção, ou seja, ficar mais tempo com o paciente no hospital”, concluiu..

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