SAÚDE SEXUAL PARA VIVER BEM

 Projeto Contato aborda saúde sexual com atividades nos dias 1 e 2 de dezembro no Sesc Rio Preto
 O corpo é o meio por onde experimentamos o mundo e vê-lo com naturalidade, em todas as suas funções e necessidades, é fundamental para que as formas como exercemos esta relação sejam positivas, prazerosas, responsáveis e saudáveis.
 O projeto Contato acontece nas unidades do Sesc, com o intuito de promover a saúde sexual e a prevenção das infecções sexualmete transmissíveis, entre elas o HIV/Aids. As atividades buscam proporcionar conversas que incentivem autocuidado e o cuidado mútuo.
 Nos dias 1 e 2 de dezembro, o projeto apresenta no Sesc Rio Preto a vivência Quiz Sexualidade e Saúde. Em formato de um jogo, a atividade tem com objetivo conscientizar sobre as DSTs (Doenças sexualmente transmissíveis), de maneira descontraída,  abordando sobre suas formas de contágio e, principalmente, de prevenção.
 Ter saúde sexual significa mais do que estar livre de doenças. É preciso que a vida sexual seja agradável e segura, colaborando para um estado completo de bem estar físico, mental e social.
Um novo Contato
 O projeto foi inspirado em uma ação de mesmo nome realizada pelo Sesc São Paulo em 1995. Na época, a proposta era abordar especificamente o HIV e a Aids como um desafio coletivo, trazendo um olhar humanitário para a questão. Utilizando principalmente as artes plásticas como linguagem, buscava-se transimitir mensagens de sensibiliação para a prevenção e para a necessidade romper preconceitos associados ao vírus.
 13 anos depois, a instituição ispira-se nesta abordagem para trazer leturas ampliadas e atuais sobre o tema, tratando a saúde sexual de forma abrangente e trazendo ao debate temas que habitam o campo da sexualidade hoje, como o as questões de gênero, que moldam a forma como compreendemos e vivenciamos o sexo, a diversidade e os obstáculos sociais que alguns grupos enfrentam para exercer sua sexualidade de forma plena.    
Para o médico sanitarista Carué Contreiras, a forma problemática como lidamos com o sexo faz mal à saúde, não só no que diz respeto às atitudes pessoais: "O tabu compromete tanto o nosso prazer quanto o cuidado com o nosso corpo. Mais além: afeta a habilidade dos profissionais de saúde de cuidarem das pessoas", comenta o médico, que também é ativista LGBT e em HIV.
 "O conhecimento médico é limitado no tema porque sua construção não é tão objetiva como aparenta ser. Por ser produzido por gente como a gente, não escapa à moral que define como modelo o sexo potencialmente reprodutivo. Nem foge às crenças de que alguns grupos têm mais valor que outros", completa.
Neste contexto, as atividades do projeto trazem abordagens poéticas, reflexivas e questionadoras, buscando contribuir para a construção de ambientes em que as sexualidades não sejam alvo de preconceitos e para que este cenário mais acolhedor possibilite que as atitudes de prevenção das possíveis infecções se tornem hábitos.

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