Empresas de telecom investem na personalização de serviços para ganhar mercado

Companhias têm disponibilizado soluções que vão além das padronizadas


São Paulo, 28 de novembro de 2018 – A concorrência disruptiva sobre os serviços tradicionais de telecomunicações é uma das principais preocupações do mercado competitivo, fazendo com que muitas empresas se reinventem na prestação de serviços. Segundo pesquisa realizada pela consultoria Frost & Sullivan, a receita total do mercado brasileiro de serviços de telecomunicações crescerá 20,42% e atingirá US$ 45,76 bilhões em 2022, contra US$ 38 bilhões registrados em 2016. A maior parte das novas receitas virá de serviços de dados móveis.
O impacto da realidade virtual, Internet das Coisas, big data e soluções em cloud computing revolucionaram a forma como empresas e pessoas consomem tecnologia. O ser humano está, cada vez mais, dependente dos serviços de telecomunicações e a complexidade desta dependência aumentou muito. Isso fez com que as teles investissem na oferta de serviços digitais próprios ou em parceria com terceiros.
"Por muito tempo, os produtos de telecomunicação eram de prateleira. Havia um baixo grau de flexibilidade e as soluções seguiam um padrão. Com essa mudança no mercado, impactado pelo fenômeno cloud, o modelo de negócio das integradoras sofreu uma profunda transformação", afirma Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom, empresa que oferece serviços personalizados na área de telecomunicações e soluções em inteligência de dados e conectividade.
Sedeh explica que a tendência cloud mudou drasticamente dois conceitos: a necessidade de hardware que diminuiu muito e a transformação da topologia das redes. "As redes centralizadas mudaram para descentralizadas. Ou seja, aquela capacidade de processamento que precisava estar dentro do data center, agora está na nuvem, em qualquer lugar. Isso transformou o mercado, porque as integradoras agora necessariamente precisam de rede para entregar soluções".
O executivo acredita que tal transformação tem acontecido em um ritmo acelerado, obrigando o mercado de telecomunicações a se readequar.
"Daqui alguns anos, não haverá venda de velocidade de internet, a competição será por serviços agregados. Com essa estratégia, transformamos o 'mix' da oferta da Megatelecom. Hoje, vendemos soluções com um conceito vertical, oferecendo uma série de serviços e produtos usando nossa rede de fibra óptica. De acordo com a necessidade do cliente, desenhamos a oferta mais aderente".
Mesmo que operadoras brasileiras ainda tenham na voz um importante mercado, o futuro está nos dados, no digital. Números da Megatelecom mostram que, durante os últimos três anos, o volume de negócios da companhia cresceu em dez vezes e associa esse crescimento às soluções de cloud em parceria com a Equinix. "Muitas empresas globais utilizam a Plataforma Equinix para vir para o Brasil, estabelecer-se e gerar novos negócios, o que nos dá a oportunidade de firmar parcerias com essas organizações", afirma Sedeh.
Segundo a Megatelecom, com o Equinix Cloud Exchange Fabric™ a empresa conseguiu atingir um break even em menos de quatro meses. "Nossa expectativa é, até o final do ano, obtermos um aumento 50% de receita", acrescenta Sedeh.

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