Polícia Civil esclarece crime com ocultação nde cadáver ocorrido na Estrada da Uva

A equipe de investigadores da Polícia Civil de Urânia, após várias diligências, e informações compartilhadas com as equipes da Polícia Civil de Jales, conseguiu esclarecer, identificar e prender os autores de um crime ocorrido sexta-feira, dia 05, na vicinal "Katsuyoshi Nishimoto" mais conhecida como "Estrada da Uva".

A partir das características do veículo, uma camionete Mitsubishi Triton L200 prata, os policiais civis chegaram a C.P. (31) e seu primo L.P.P. (31). Indagados, negaram a princípio a autoria do crime, mas com as evidências levantadas e devido às contradições entre as versões apresentadas, acabaram confessando terem atropelado e matado Célio José da Silva (foto abaixo), de 34 anos.
 
Vítima - Segundo o apurado nas investigações, os investigados L.P. é irmão, e C.P. é primo de P.C.P., de 29 anos, que teria tido um relacionamento com a vítima. Com o fim do namoro a moça vinha recebendo ameaças, tanto que registrou Boletim de Ocorrência na quarta-feira, dia 04, requerendo medidas protetivas, depois que a vítima Célio José da Silva foi até sua casa na zona rural, à sua procura. Naquela noite, a jovem conseguiu fugir. Sem sucesso na abordagem, Célio arrombou as portas da casa e acabou por agredir e lesionar gravemente seus pais, que estavam dormindo na residência.


No interrogatório dos autores, L.P. e C.P. deixaram claro que ficaram transtornados com a atitude da vítima, mas que nenhum dos dois conhecia Célio pessoalmente, apenas por foto.

Segundo os autores, na sexta-feira (05/01), quando transitavam pela "Estrada da Uva" com a camionete Mitsubishi Triton L200 de C.P., passaram por um indivíduo com características semelhantes às de Célio. O motorista naquele momento, L.P., disse em interrogatório que retornou com o veículo para certificar se de fato se tratava de Célio, quando, em velocidade considerável, atingiu a vítima jogando-a ao solo.

À polícia, os autores disseram que retornaram e constataram que o atropelado ainda estava vivo, pois respirava. Decidiram socorrê-lo à Santa Casa mas, no trevo da cidade, verificaram que a vítima não apresentava mais, sinais de respiração.

Com medo das consequências, decidiram ocultar seu corpo em um canavial que fica no Córrego Comprido, município de Urânia. Para isso, cavaram um buraco de aproximadamente um metro de profundidade e depositaram o corpo.

Após serem identificados os autores levaram os policiais até o local. O Corpo de Bombeiros de Jales esteve no local, porém, diante das dificuldades para a remoção do corpo, foi necessária a presença de uma máquina retroescavadeira.

A vítima Célio José da Silva, apresentava diversas passagens policiais no estado de Minas Gerais e, segundo sua ex namorada, esteve recentemente internado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, de onde conseguiu fugir.

Os dois autores foram indiciados pelos crimes de Homicídio Qualificado e Ocultação de Cadáver. Por terem se apresentado espontaneamente à Polícia e por não se tratar de situação flagrancial, foram liberado, sob compromisso, pelo delegado de polícia Nilton Moreira Cangussú.

O delegado seccional Charles Wiston de Oliveira (foto  ao lado), que esteve na delegacia em Urânia acompanhando à apresentação dos envolvidos, destacou a resposta rápida da polícia, especialmente, por se tratar de um crime brutal contra a vida.

O delegado responsável pelo caso, Nilton Cangussú, disse que as investigações vão continuar, que outras pessoas devem ser ouvidas e novos fatos poderão ser juntados ao longo do inquérito policial.

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