FOLHAGERAL

Em entrevista

 

prestada na semana passada, 15 setembro, ao jornalista e radialista Ilson Colombo, da Rádio Dinâmica FM de Santa Fé do Sul, o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB), de Votuporanga, se mostrou confiante em sua reeleição em 2018.

Carlão Pignatari


disse na entrevista que não vive da política e portanto não precisa percorrer o Estado atrás de votos. "Eu não saio da minha região; eu vou de Pereira Barreto até São José do Rio Preto, que eu acho possível cuidar bem e atender bem".

A fala


do deputado Carlão – que naquela data participou na I Festa do Peixe de Santa Fé do Sul e quer que o evento se estenda a Jales, Fernandópolis e Votuporanga – foi uma estocada no deputado estadual Itamar Borges (PMDB), que angaria votos em outras regiões do Estado.

Dirigindo-se


ao entrevistador, o deputado Carlão foi enfático: "Você não vai me ver fazendo campanha em Araraquara, São Carlos, Ribeirão Preto, São Paulo, nem uma vez, porque não é do meu perfil; eu quero ser um representante da nossa região […] e digo, é muito prático prá gente, eu não vivo da política".

A nota


divulgada pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Jales, justificando o apoio dos 10 vereadores ao projeto de lei que corrigiu os valores venais dos imóveis urbanos em 22,07% – enviado ao Legislativo pelo prefeito Flá Prandi (DEM) – não caiu bem no meio dos contribuintes.

Nos bastidores


da política local, o silêncio dos vereadores teria sido melhor, já que a decisão já estava tomada e registrada. Tanto que, depois de vereador pedir desculpa à população, na rede social, por ter votado pela correção do IPTU, contribuintes desabafaram críticas ácidas.

Os vereadores


deveriam votar na segunda-feira (dia 18), em sessão extraordinária, projeto de lei criando dois cargos de Procurador do Município. Mas a pauleira sobre a matéria foi tanta na rede social que o Executivo retirou o projeto de lei. É preciso pensar antes, para fazer depois.

Conforme


decisão da Segunda Câmara do TCESP, nos autos em que analisou as contas da Prefeitura Municipal de Jales no exercício de 2012, foi determinada a abertura destes autos para tratar de acúmulo indevido de cargos públicos pelo médico Adelson Mariano de Brito.

O relatório


da fiscalização apontou que Adelson Mariano de Brito, médico admitido em 24/05/04 através de concurso público, também era servidor comissionado do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Jales (CONSIRJ), ocupando o cargo de Diretor Técnico, desde 02/01/2004, e servidor efetivo, no cargo de Médico Plantonista - lII, da Prefeitura Municipal de Palmeira D’Oeste, desde 02/02/ 2004, havendo, assim, acúmulo ilegal de cargos públicos e incompatibilidade de horários.

Por duas


vezes, os interessados não se manifestaram àquelas notificações do TCESP para apresentar suas defesas. Além de julgar irregular a matéria, o ex-prefeito Humberto Parini foi multado em 100 UFESP ou R$ 2.507,00.

Quando


o então secretário estadual de Turismo Laércio Benko esteve em Jales, em 10 de junho, foi recepcionado com um almoço pelo prefeito Flá Prandi, vice-prefeito José Devanir Rodrigues, dezenas de jornalistas, radialistas e blogueiros. Ele assistiu a um vídeo sobre as coisas boas da cidade. Este jornal admitiu que, daquele momento em diante, era certo o andamento do pedido de classificação de Jales como Município de Interesse Turístico (MIT).

Com visibilidade,


o Conselho Municipal de Turismo foi reativado – após aquela presença de Laércio Benko em Jales – para aprovar decisões a serem anexadas ao projeto de lei relacionado com a classificação de Jales como Município de Interesse Turístico (MIT). Sabidamente, o assunto é estratégico ao desenvolvimento do nosso município.

Por várias


vezes, no jornal online, no blog e na página do Facebook, esta Folha observou que o projeto de lei sobre o MIT jalesense não dava entrada na pauta de trabalhos da Assembleia Legislativa. Mas não havia informação em contrário da Secretaria Municipal de Comunicação, deixando a impressão de que o prefeito Flá e sua equipe de assessores tinham a tramitação da matéria sob controle, mas mantinha silêncio sobre o assunto.

O vice-prefeito


Garça chegou a falar uma vez, por solicitação do prefeito Flá Prandi, que o pedido pleiteado por Jales estava na Secretaria de Estado do Turismo sem especificar que era o projeto de lei sobre turismo no aguardo da documentação após a presença de Láercio Benko como hóspede oficial em Jales.

No início


desta semana, houve agitação lá no botequim da vila. Analistas locais alertaram que o projeto de lei de interesse de Jales, sob autoria do deputado Itamar Borges, foi apresentado em 2015 e passou por todas as etapas de tramitação na Alesp. Ou seja, desde 2015 nossa comunidade é mantida mal informada por razões desconhecidas.

Um analista


lá do botequim da vila, bem informado, diz que vários projetos de lei estão sendo analisados novamente, devido imperfeições na documentação , mas há municípios que podem ficar fora do MIT por falta de potencial exigido.

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