Na última
quarta-feira (dia 14), a Área Azul da cidade de Jales amanheceu sem seus fiscais. Um funcionário da empresa responsável, que pediu sigilo do seu nome, disse que estava tudo ajustado entre a Prefeitura e a empresa Soluções em Tecnologia do Trânsito Ltda, visando realizar a renovação do contrato. Para isso, teria que haver um reajuste da tarifa de 1,00 para 1,50 reais ao que parece não deu certo. Os vereadores não sabiam sobre o assunto uma vez que não houve envio da documentação ao Legislativo, segundo informações.

Este caso,
do jeito que está, amarga a vida dos funcionários da Área Azul. São 20 pessoas com responsabilidades familiares que ficam sem trabalho e renda. "Estamos sem receber o salário", disse o funcionário entrevistado. Os empresários teriam viajado para Goiânia, sede da empresa operadora. É importante que o prefeito, os vereadores e os empresários cheguem a um acordo rapidamente para a normalidade dos serviços da Área Azul.

A administração
municipal de Jales não pode se preocupar apenas com a revitalização do Bosque Municipal para dar cumprimento ao TAC Termo de Ajustamento de Conduta, assinado com o Ministério Público Federal, apesar de ter prazo e risco de pagamento de multas.

O secretário
estadual de Turismo Laércio Benko, em Jales no sábado passado, prometeu que até o dia primeiro de agosto deste ano o município será de Interesse Turístico. Para extrair essa declaração do secretário Laércio Benko, foi realizada a apresentação de um vídeo com mostra do potencial turístico de Jales. Tudo bem feito, caprichado.

Os gestores
e legisladores municipais não devem se esquecer que o visitantes ou turistas, como queiram – que vem à nossa cidade em busca de lazer, eventos, negócios e serviços –, não ficam apenas andando a pé nos quatro quarteirões centrais. A cidade toda tem que estar bem cuidada. É preciso investir na área central e na periferia. Ou o turismo não deslancha.

Por falar em
periferia, a placa de trânsito com sinalização de Estacionamento Proibido, colocada na gestão anterior na Avenida Maria Jalles, continua lá mesmo, bela e formosa, sem que ninguém saiba por qual motivo ela foi lá colocada.

O crescimento
de 1% do PIB nos três primeiros meses deste ano, em relação aos três meses anteriores, foi comemorado recentemente pelo Governo Federal como resultado de medidas governamentais executadas. O presidente Michel Temer anunciou: "O Brasil voltou a crescer". Mas este crescimento pode não ser uma notícia inteiramente boa.

Análises de
especialistas mostraram que indicadores importantes continuam negativos, como o consumo das famílias e o investimento das indústrias. Porém, o crescimento da produção das agroindústrias é computado para o Setor Industrial (e não para a Agropecuária); e o crescimento da produção dos serviços do agronegócio é computado para o Setor de Serviços (e não para a Agropecuária).

Desta forma,
o ótimo crescimento da Agropecuária (13,4%) causou reflexos positivos em toda a economia. De fato, o Setor Industrial cresceu pouco e o Setor de Serviços decresceu, segundo as análises econômicas. Portanto, este crescimento de 1% do PIB não tem tanta "qualidade", como o governo quis fazer crer.

O governo
Michel Temer aposta nas reformas trabalhista e previdenciária para fazer o país retomar o crescimento econômico e voltar a contratar milhões de trabalhadores desempregados. Mas para isso acontecer o governo terá que pôr em prática medidas de apoio à Agropecuária, à Indústria e à Construção Civil, pois estes setores são fundamentais na geração de emprego, renda e crescimento do PIB. Portanto, olho vivo. Não sejamos enganados.

O vereador
Vanderley Vieira dos Santos "Deley" (PPS), na sessão da última segunda-feira, no Legislativo de Jales, demonstrou total insatisfação com as condições da infraestrutura do Loteamento Big Plaza, especialmente devido à falta de galerias pluviais. Teceu duras críticas.

Deley disse,
explicando: "Quando chove, entra até água nas últimas casas... A infraestrutura é precária, o asfalto é de má qualidade, escoamento de água não tem... Vamos fiscalizar a Prefeitura, porque ela é obrigada a fiscalizar, para que as pessoas que comprem desse loteamento não sofrerem o tanto que estão sofrendo em Jales".

Dito isso,
o vereador Deley apresentou um requerimento, endereçado ao prefeito Flá, com o objetivo de saber se o loteamento já foi plenamente regularizado e, caso não tenha sido, se é possível exigir do loteador a implantação de uma rede de galerias mais completa e capaz de evitar enxurradas nas vias públicas.

O vereador
Luís Fernando Rosalino (PT) falou sobre o pedido do seu colega Deley: "É uma coisa muito estranha a aprovação de loteamentos no Brasil; não passa pela Câmara. Não tem uma fiscalização em relação a asfalto, galeria, captação de água... Fica tudo a cargo do Prefeito. Uma alternativa é nós chamarmos o Poder Executivo para discutir o Plano de Edificação".

É muito bom
que o povo saiba que os vereadores estão tendo esse tipo de discussão. Ruim são as atitudes de indiferença e as discussões partidárias, que acabam custando caro à comunidade. E o poder executivo deve aproveitar para mandar consertar o que for preciso.

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