Violência nas escolas: Bullying

Flávio Rodrigo Masson Carvalho Professor do UNIBAVE – Orleans - SC
equilibriumtc@hotmail.com



Começou o ano letivo na maioria das escolas do Brasil. Começa também a preocupação de muitos pais. Muitos são os pais que se preocupam com a violência que seus filhos sofrem, ou podem vir a sofrer no ambiente escolar.

Muito importante falarmos sobre o assunto, nos informarmos, para melhor orientar nossos filhos, os professores, diretores, inspetores, etc.

Infelizmente o bullying ainda é muito comum nas escolas brasileiras.

Os pais devem ficar muito atentos as mudanças de comportamento de seus filhos.

Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully , palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.

No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc. Essas são as práticas mais comuns do ato de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima.

O bullying geralmente é feito contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam à tal agressão. Normalmente, a vítima teme os agressores, seja por causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem sobre o meio social em que está inserido.

O bullying pode ser praticado em qualquer ambiente, como na rua, na escola, na igreja, em clubes, no trabalho e etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro da própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios familiares.

Como identificar a vítima – o papel do educador
Observar atentamente as relações interpessoais. Nos trabalhos em grupo ou jogos é o último a ser escolhido, é alvo de "zoação", caçoada, apelidos, é triste, deprimido, aflito, ansioso, irritadiço, agressivo, apresenta súbita queda no rendimento escolar, não faz perguntas, não tira dúvidas, tem desinteresse pelos estudos, falta com frequência às aulas, apresenta arranhões, ferimentos, isola-se dos demais, apresenta material escolar e roupas danificados, é intimidado, perseguido ou maltratado. Observar suas reações e expressão fisionômica quando atacado.

Como identificar o filho vítima – o papel da família
Não quer ir à escola, pede para mudar de escola, não gosta da escola, na segunda-feira está triste, chora sem razão, tira notas baixas, pede dinheiro sem necessidade, tem pesadelos, pede para ser levado à escola, perde dinheiro e pertences, apresenta roupas e livros rasgados, some objetos de sua casa, apetite obsessivo, não convida amigos para ir a sua casa, fica aliviado na sexta-feira, feriados e férias, simula dores e mal-estar, muda o trajeto, comenta que o professor é chato, não é convidado para festas ou casa de amigos, tem medo de ir e voltar sozinho, tem "ar" de assustado, tranca-se no quarto, isola-se, tem uma tristeza profunda.

Como agir se seu filho é o agressor
Mantenha a calma, não ignore a situação, não o agrida, nem o intimide, pois ele precisa de ajuda. Entre em contato com a escola; converse com professores e amigos que ajudem a identificar o problema, dar orientações e limites firmes para controlar seu comportamento, encorajar a pedir desculpas ao colega que ele agrediu, valorizar sua autoestima, criar situações em que ele se saia bem, elogie e o ame.

Para a justiça brasileira, o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código Penal, como injúria, difamação e lesão corporal. Ainda não existe uma lei que puna os agressores com o devido merecimento.
 

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