“Amoris Laetitia” - O Amor na Família

Pe. Maximiano Pelarim Neto
Coordenador da Pastoral Familiar Diocesana
 
 
Aconteceu de 14 a 16/10 deste ano, em Itaici, município de Indaiatuba-SP, a 38ª ASSEMBLEIA DAS IGREJAS PARTICULARES DO REGIONAL SUL I DA CNBBB, que compreende o Estado de São Paulo. Estas Igrejas particulares são as Dioceses. Participaram deste encontro Arcebispos, Bispos, padres, diáconos, leigos e leigas, todos com o intuito de aprofundar o tema: "Nova Pastoral Familiar à luz da Exortação Apostólica Pós-Sinodal "Amoris Laetitia."
Fomos assessorados por Dom João Bosco Barbosa de Sousa, Bispo da Diocese de Osasco-SP. Ele aprofundou este tema, nos ajudando a compreender melhor o objetivo e a proposta pastoral desta Exortação. Sendo um documento pastoral, ele tem o intuito de nos animar em nossa missão evangelizadora. A palavra "exortação" significa: Animar, encorajar.
A família ocupa lugar central no plano de Deus. Ela é lugar onde se vive o amor, se busca a santidade, e se faz a experiência de Deus através da oração. Diz o Papa Francisco: "A família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa ser protegida."
Este documento é fruto de dois Sínodos sobre a família: um acontecido em 2014, e o outro em 2015. Ambos revelaram a preocupação da igreja com a família no atual contexto e a necessidade da Igreja dar uma resposta através de uma ação evangelizadora mais organizada e eficaz.
Na verdade, não se trata tanto de uma "nova pastoral familiar", mas sim, de uma ação nova, realizada em conjunto por pastorais e movimentos, tendo em vista as famílias, especialmente as mais necessitadas de auxílio. Um dos pontos que ficou muito claro nesta Assembleia é a necessidade de um trabalho em conjunto. Ou seja, a Igreja inteira deve estar envolvida nesta ação. Em nossas Dioceses já existem ações em favor da família, mas estas devem ser melhor articuladas.
Eis alguns pontos que precisamos trabalhar melhor: na preparação dos noivos para o casamento; no acompanhamento dos mesmos no início da vida matrimonial, e uma atenção maior às famílias em situações difíceis.
Através das palavras do Papa Francisco, devemos pensar um trabalho de evangelização onde a prioridade seja a família, com todos os seus desafios. De novo ele volta a insistir numa Igreja em "saída", uma Igreja comprometida, aberta, acolhedora, misericordiosa, missionária, disposta a ir ao encontro das famílias, chegando às periferias existenciais, anunciando o Evangelho da vida, levando conforto e esperança a tantas famílias desestruturadas e abatidas. Neste contexto a Igreja deve se fazer presente: "Nas situações difíceis em que vivem as pessoas mais necessitadas, a Igreja deve dedicar especial atenção em compreender, consolar e integrar." (Papa Francisco). Acolher, acompanhar, discernir e integrar, esta é a proposta, pois a Igreja não deve excluir ninguém. Este é o caminho que devemos percorrer como Igreja de Cristo!
 

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