FOLHAGERAL

da redação

Neste meio de ano,

a previsão da Secretaria Municipal da Fazenda é que a administração municipal jalesense vai terminar o ano de 2016 com uma dívida aproximada de R$ 8 milhões. A informação foi dada pelo secretário José Magalhães Rocha ao Jornal do Povo, da Rádio Assunção AM de Jales.

Disse ainda
o secretário Magalhães que alguns fornecedores não receberão seus créditos nos próximos meses. Para a atual gestão, que chegou a anunciar que não devia a fornecedores de produtos e prestadores de serviços, anunciar de repente (seis meses antes do fechamento do caixa) um déficit desse tamanho é de deixar qualquer um de queixo caído. A justificativa foi a queda de valor dos repasses dos tributos estaduais e federais, como ICMS e FPM.

Questões
que dizem respeito a economia, finanças e administração das prefeituras costumam ser guardadas dentro de uma caixa preta. Os prefeitos procuram manter em sigilo a real situação. Nestas circunstâncias o povo e a própria classe política ficam alienados. Em especial, nas épocas eleitorais, os partidos fazem planos, os candidatos fazem promessas e os eleitores esperam realizações, mas tudo fora da realidade.

A situação
econômica brasileira deve dar uma melhoradinha em 2017, com o PIB crescendo 0,5%. Mas ainda – todos – vamos ter que manter o cinto apertado nos próximos anos. Por isto, os gestores municipais reeleitos e eleitos vão ter que se rebolar para administrar seus municípios. Terão que assumir os controles para manter o caixa em dia sem aumentar as dívidas. O foco principal, sem dúvida, será sobre a folha de pagamento dos funcionários.

Os partidos
e candidatos estão andando de coleira curta desde o início de julho. As regras contidas no Calendário Eleitoral são tantas que merecem ser carregadas numa cartilha para consultas rápidas. Ao mesmo tempo, eles devem fazer muitas atividades mas ficar na penumbra sem chamar muito a atenção. Os deslizes podem custar caro.

Demistas
que frequentam o botequim da vila e gostam de palpitar sobre política jalesense andam esfregando as mãos de contentamento com a anunciação da chapa Callado (PSDB) e Bixiga (PV). Os demistas devem ficar alertas já que o eleitorado jalesense ainda é formado por maioria conservadora, conforme demonstrou nas últimas eleições.

No PSDB,
a aceitação por Bixiga do convite para compor a chapa com Callado, sem consulta aos membros dos Diretórios, causou desconforto no meio tucano. Vê-se no semblante da tucanagem um certo desânimo.

O ex-vice-prefeito
Clóvis Viola (PV), que algumas vezes assumiu rapidamente o Executivo, segundo suas afirmações se sentiu traído pelo companheiro de partido Osvaldo Costa Junior (Bixiga). Motivo óbvio. Clóvis foi convidado por Callado (PSDB) para ser o seu vice. Mas, de repente, o nome de quem aparece para compor a futura chapa com o tucano? Bixiga!

Logo após
uma reunião do PV, em 1º de junho, foi divulgada uma nota onde o presidente do partido, Bixiga, dizia: "O Partido Verde de Jales está pronto para as eleições de 2016, com excelentes nomes e um plano de trabalho que abrange desde infraestrutura municipal até ações específicas em defesa das questões ambientais". E para confirmar a defesa de ambos pelas questões ambientais, o PV vai defender as causas tucanas.

Ficaram
a ver navios, os vereadores Nivaldo Batista de Oliveira "Tiquinho" (PSD) e Tiago Abra (SDD), este defensor da administração tucana no Legislativo, além de Clóvis Viola. Não tem como acomodar todo mundo. Nem como evitar reações.

No botequim,
falam ainda que o PT vai fechar coligação com a dupla Flá/Garça (DEM e PMDB) para se fortalecer no pleito de outubro. A determinação de cima é fazer coligação apenas a vereador e não na majoritária (prefeito). Os analistas do botequim da vila têm uma opinião a respeito. Dizem que dificilmente os votos petistas vão para o candidato a prefeito da coligação à qual fizerem parte. É o famoso "voto camarão".

Em 2012,
nada mais e nada menos do que 17 partidos estiveram envolvidos nas eleições jalesenses, disputando o Executivo e Legislativo. São eles: PSDC, PRP, PDT, DEM, PTN, PSD, PRB, PSC, PSB, PD do B, PV, PSDB, PSL, PT, PP, PPS e PMDB. Brigaram por cargos, principalmente do Legislativo. O PSDB e o PMDB não fizeram vereadores.

A existência
de muitos partidos políticos é sinal de democracia, mas suas lideranças não se fortalecem por terem baixa representatividade. Assim, as discussões e as cooperações entre os partidos não beneficiam a política e o município. Por outro lado, lideranças muito representativas fora dos partidos – como do funcionalismo municipal – não aproveitam a fase eleitoral para defender sua imagem e suas aspirações, bem como a imagem e a modernização da instituição a que pertencem.

Conversas
nos bastidores dão conta de que nas próximas semanas o recape nas vias públicas da cidade devem se iniciar. O contribuinte aguarda ansiosamente as obras, apesar de que muitas das ruas vão ficar sem a melhoria. Mas fazendo-se uma boa parte delas já ajuda.

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