O Papel da família para as crianças

 *Flávio Carvalho

A família tem papel central no desenvolvimento das pessoas, como a sobrevivência física (e psicológica) e o espaço para realização das aprendizagens básicas necessárias para desenvolvimento autônomo dentro da sociedade.

A família molda as características psicológicas do individuo enquanto está sob sua custódia, entretanto, os pais não têm poder absoluto sobre seus filhos.


Certas características podem estar parcialmente definidas quando criança nasce (saúde – aspectos do temperamento infantil).

Ainda temos as influências de outros contextos socializadores (escola – colegas – mídia).

A família sofre a influência de um conjunto de fatores que condicionam e determinam seu funcionamento, como a situação sócio-econômica dos pais e a conjuntura política e econômica da sociedade em geral etc.

Cada família exposta a características ou determinantes próprios (números de componentes – moradia – renda – nível educacional – personalidade dos pais etc.).

A família como instituição sujeita a mudanças, transição extensa a nuclear, trabalho da mulher, divorcio, influência dos meios de comunicação etc).

Na família o Pai e a Mãe não são objetos sociais permutáveis. Cada um deles proporciona experiências diferentes para a criança.

A família funciona como um sistema, ou seja, como uma estrutura que engloba uma rede de influências recíprocas entre os diferentes elementos que a compõem.

Os estudos de comportamento dos pais e seus efeitos sobre o desenvolvimento social e da personalidade da criança mostram que os pais diferem um dos outros em suas práticas educacionais, e as diferenças interindividuais das crianças em suas características de personalidade e socialização podem ser explicadas em função dos padrões de atuação dos pais.

Os pais diferem uns dos outros em quatro dimensões fundamentais:

1 – Grau de controle (técnicas: afirmação de poder - retirada de afeto – indução: exercício do controle pode manifestar-se de forma consistente ou inconsistente),

2 – Comunicação Pais-Filho (uso do raciocínio – arbitrariedade ou concessão – distração),

3 – Exigências de amadurecimento (pressão e estimulação – ausência de desafios ou exigências,

4 – Afeto na relação (expressão explicita de interesse e afeto – a afetividade é uma dimensão que age sobre o potencial de influência que as outras dimensões ante anteriormente considerada têm sobre a criança).

Os Pais Democráticos possuem altos níveis tanto de comunicação e afeto como de controle e exigências de amadurecimento – são afetuosos e sensíveis às solicitações de atenção da criança – no entanto não são indulgentes, mas dados a dirigir e controlar a criança.

Os filhos de pais democráticos mostram características mais desejáveis em nossa cultura, tendendo a: Ter níveis altos de autocontrole e de autoestima - Ser mais capazes de enfrentar situações com confiança e iniciativa - Tendem a ser muito interativos e hábeis nas relações com os iguais, independentes e carinhosos - Ser persistentes nas tarefas que iniciam - Ser crianças com valores morais inferiorizados.


*Flávio Rodrigo Masson Carvalho

equilibriumtc@hotmail.com

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