FOLHAGERAL

O prefeito


Pedro Callado, quando da visita do governador Alckmin à região, no sábado (05 de março), insistiu mais uma vez na liberação de um empréstimo de R$ 8 milhões junto à Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista. O empréstimo foi solicitado no final de dezembro do ano passado e o prefeito está aguardando sua aprovação pela agência financiadora. Para a população do município, será bom que dê certo, afinal não se anda nem a pé pelas ruas da cidade, de tanto buraco. Vamos torcer



Empréstimos
e dívidas são coisas boas para ricos, preparados para ganhar dinheiro com dinheiro alheio. A Prefeitura de Jales tem que liquidar todas as suas dívidas indesejáveis. Não é útil – nem correto – a Prefeitura manter dívidas a pagar com pessoas, empresas e instituições que não sejam de natureza financeira. As dívidas adequadas à Prefeitura são aquelas contraídas com agências financeiras oficiais, que fornecem créditos com finalidades, juros e prazos apropriados à administração pública.


Que sirva
de lição aos políticos municipais a malfadada dívida assumida com a família Jalles por conta da desapropriação dos 16 alqueires de terras do Distrito Industrial II em 1985. Custou caro. Não valeu a pena. Fez o povo de Jales ficar de joelhos por 30 anos.


Depois do
pesadelo daquela dívida – que esperamos ter chegado ao fim – é hora de atacar as outras de caráter ruim, que só geram prejuízos. Assim, a cidade pode estar um lixo, mas o povo terá esperança de mais adiante ter uma prefeitura saudável financeiramente.


Mas o tucano
Pedro Callado precisa assumir sua candidatura à reeleição. Tanto que as cabeças pensantes, lá do botequim da vila, têm a seguinte opinião: se o prefeito Callado não assumir sua pré-candidatura à reeleição a sucessão municipal vai navegar sem rumo em águas turvas até o final da sua gestão. Uma solução apressada, no final, poderá não ser boa.


Para eles,
os políticos detentores de cargos eletivos – em especial os que dentro de dois anos e pouco vão disputar cargos importantes (Presidente, Governador, Senador, Deputados federal e estadual) – não vão dar apoio a um prefeito que tem poucos meses de mandato pela frente e não vai concorrer à reeleição. Nem está engajado numa sucessão.


Dentro
até do PSDB, que estaria acreditando em Pedro Callado – como pré-candidato às eleições de outubro –, existem céticos quanto a ele receber apoios aos seus projetos administrativos. Um tucano de autêntica plumagem enfatizou: "Como vamos reivindicar prá valer, se o nosso prefeito diz que não é candidato, nem conversa com o seu próprio partido!".


Desde o
o dia 22 de fevereiro, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) – que investiga uma possível omissão do prefeito Pedro Callado na suposta agressão do servidor Ricardo Junqueira ao funcionário Lauro Gonçalves Leite de Figueiredo – está prorrogada por mais 60 dias.


O vereador
petista Luis Fernando Rosalino, que preside a dita CEI, vai ter que tomar uma decisão depois que o Ministério Público Estadual pediu o arquivamento do procedimento aberto contra Junqueira para apurar se houve ou não a agressão. Ou ele manda a CEI para o arquivo ou denuncia alguém. Tem que pensar antes de agir, para não ficar mal.


O PMDB
de Jales poderá perder uma excelente puxadora de votos ao pleito de outubro deste ano, caso ela aceite o convite para assumir uma assessoria parlamentar. Segundo uma fonte fidedigna, a assessoria seria a um deputado estadual do PMDB. Ou então, à sua escolha, a uma deputada tucana. A política é um mundo véio sem portera.


Por falta
do Plano de Zona de Proteção, o Aeródromo Municipal (toda a área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves) teve sua atividade suspensa temporariamente. O prefeito Pedro Callado está certo ao dizer que vai dar uma melhorada nas dependências do Aeródromo e depois privatizá-lo. O Aeródromo é necessário, precisa existir e o poder público deve colaborar. Mas não pode sustentar um patrimônio que não traz resultados sociais e econômicos compatíveis para a cidade.


Só que,
de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei n° 7.565, de 19 de dezembro de 1986), "nenhum aeródromo poderá ser construído sem prévia autorização da autoridade aeronáutica". Com a Lei de criação da ANAC Agência Nacional de Aviação Civil (Lei n° 11.182, de 27 de setembro de 2005), a atribuição de aprovar e fiscalizar a construção, a reforma e a ampliação de aeródromos passou a ser de competência da ANAC. Esta, por meio do seu regimento interno, delegou a competência à Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária. Enfim, para reformar o Aeródromo Municipal, o prefeito precisará de autorização da Superintendência.


Neste último
mês de fevereiro, foram creditados R$ 1.502.866,59 na conta da Prefeitura de Jales, referentes ao IPVA. Somando o crédito do mês de janeiro – R$ 3.346.004,73 – com o crédito de fevereiro, a situação financeira do poder municipal deu uma desafogadinha com o total de R$ 4.848.871,32. Nada mal. Gastar bem é essencial.


Corre nas
rodas de prosa que funcionários públicos de um município próximo estão sem receber os salários dos dois primeiros meses do ano e que o gestor público estaria negociando o pagamento de fevereiro, pulando o de janeiro. E que os funcionários podem ir à Justiça. O assunto é da esfera pública. Se for verdade, diz respeito a todo cidadão.


Parece
que o grupo político do prefeito Pedro Callado, encabeçado pelo vereador Tiago Abra já está se definindo em termos apoio político vindouro. Vão estar engajado ao nome do federal Fausto Pinato que deixou o PRB para ingressar no PP, e tem feito pingar alguns trocados à cidade para recape das ruas.

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