O “Tributo do Amor” vai contar com um leilão e sistema de doação pela internet, além de outros eventos durante o ano.
O Hospital de Ensino Santa Casa de Fernandópolis lançou na manhã desta segunda-feira, dia 11, a campanha “Tributo do Amor”. O evento, realizado na Provedoria do Hospital, contou com a participação dos voluntários que farão a coordenação da campanha e da imprensa local.
A campanha tem o objetivo de promover uma verdadeira corrente de solidariedade, por meio da realização de diversos eventos ao longo do ano. Com os recursos vindos desses eventos, a Santa Casa poderá amenizar parte da dificuldade financeira enfrentada pela entidade.
“Essa campanha que lançamos hoje nos ajudará a cobrir as despesas que temos, possibilitando que continuemos a atender as mais de 115 mil vidas que estão sob nossa responsabilidade. Serão diversos eventos ao longo do ano” anunciou a provedora, Dra. Sandra Regina de Godoy, durante a apresentação do projeto.
Inicialmente serão duas frentes. A primeira será a realização de leilões de animais, com dois eventos já agendados. A segunda é a de doações mensais por meio de um sistema on-line e boletos bancários.
LEILÃO INTERMUNICIPAL
O primeiro leilão da campanha será realizado no dia 28 de fevereiro no Recinto de Exposições de Mira Estrela, com a participação de doadores e voluntários de 12 municípios da região de Fernandópolis, mais oito do estado de Minas Gerais. Para isso a Santa Casa vai contar com o apoio de Edilberto Sartin, Humberto Zanin, Edna Tomáz, Nelson Gregorini (Sindicato Rural de Fernandópolis) e Antônio Carlos Macarrão do Prado (Prefeito de Mira Estrela), que serão os coordenadores das atividades.
“Este é um momento muito importante, porque a Santa Casa está precisando de nós e o grande problema é a falta de recursos, por isso temos colaborar com essa instituição que é nossa referência em saúde. Todos nós precisamos dela. Meus três filhos nasceram nela e vários outros ainda vão nascer. Se unirmos nossas mãos podemos fazer a diferença e tirar a Santa Casa dessa”, conclamou o prefeito Macarrão.
DOAÇÕES
Uma outra vertente da campanha será a arrecadação de doações mensais por meio de cartão de crédito ou boleto bancário. Esta ação está sendo capitaneada pelo médico Luiz Flávio Franqueiro, com o apoio da publicitária Glenda Scandiuzi e do professor Tiago Ribeiro.
“O hospital precisa de ajuda mensal para continuar realizando seu atendimento, já que o valor pago pelo SUS não cobre todas as despesas. Por isso, será disponibilizado por meio do site da Santa Casa (www.santacasafernandopolis.com.br) opções de doações mensais pelo cartão de crédito. Quem quiser realizar doações por meio de boletos, poderá se cadastrar ligando para o Hospital. Essas contribuições poderão ser de R$ 5, R$ 10, R$ 20 ou de qualquer outra quantia que a pessoa desejar”, explicou o médico.
VOLUNTARIADO
Nos últimos meses, diversos voluntários tem buscado a Santa Casa, conhecendo as dificuldades do hospital e propondo a realização de projetos. “Estamos recebendo um apoio muito grande da nossa população, que tem se oferecido para inúmeras realizações. Essas manifestações dão mais força para que possamos realizar algo a mais por todos nós, que precisamos da Santa Casa”, agradeceu a provedora.
DIFICULDADES FINANCEIRAS
A situação financeira do país teve impacto direto às finanças fragilizadas da Santa Casa. Há anos, o hospital sofre com o aumento dos custos para manter suas portas abertas e a falta de reajustes na chamada “Tabela SUS”, que estipulam os valores a serem pagos aos hospitais de todo o Brasil. Em média, a cada R$ 100,00 empregados nos atendimentos do SUS, o hospital é remunerado com apenas R$ 65,00, sendo que os outros R$ 35,00 tem que ser pagos pelo próprio hospital, com a colaboração da população que faz doações à Santa Casa.
Segundo um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH/SUS referentes ao período de 2008 a 2014, a perda acumulada pode chegar até 434%, isso sem considerar atendimentos ambulatoriais, que não foram apontados no levantamento.
Infelizmente, a defasagem dos pagamentos feitos pelo SUS vem gerando grande dificuldade financeira, não só para nós, mas para diversas Santas Casas em todo o país. Apenas com ajuda da população é que poderemos manter nosso hospital de portas abertas”, enfatizou a provedora.
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