FOLHAGERAL

da redação

O futebol

anda mesmo em parceria com a política e o dinheiro. Uns e outros cidadãos, com os olhos espichados nas eleições municipais de 2016, transmitem à população de Jales que o futebol profissional vai estar de volta através do Clube Atlético Jalesense. Tudo bem, mas aí entra a questão do dinheiro. O Estádio Municipal Dr. Roberto Valle Rollemberg perdeu o viço que tinha nos bons tempos. Hoje está em situação calamitosa. Se, realmente, o futebol profissional vai voltar, o prefeito Pedro Callado tem que dispor de um bom orçamento para providenciar a reforma do estádio dentro dos padrões dos órgãos reguladores.

Apenas

a reforma do portal de entrada do Estádio vai consumir um pacote de notas altas. O visual da entrada está longe lembrar um "portão monumental" típico dos estádios de futebol. Além disso, hoje mais parece a entrada de um "campo santo" abandonado. Quem duvidar, basta ver a foto tirada nesta quinta-feira, 12/11. A situação dentro do estádio está precisando de investimentos para melhorar.
Quando
do término da Copa Paraíso, realizada no Estádio Municipal, diante do público presente – que não era de milhares de torcedores – o prefeito Callado aproveitou a oportunidade para atrair a atenção com um suspense, mandando um recado em especial aos favoráveis à venda daquela área: todos teriam uma surpresa em 2016.

O Poder
Público Municipal tem por obrigação incentivar o esporte. Mas botar dinheiro no futebol profissional, sem antes contornar a crise econômica e financeira que, não se sabe, pode demorar a ir embora, parece um tanto temerário. Pode mesmo complicar a vida dos que pensam nas eleições. O povo já tem futebol profissional, seus times favoritos e seus ídolos. Da prefeitura, deseja uma cidade organizada e bem conservada.

Dá até
para desconfiar que existam na prefeitura muitas soluções à espera de aproveitamento. Por que esta, do Estádio Municipal – uma extensa área nobre em ociosidade –, fica objeto de especulação política, sem uma solução vantajosa? O assunto merece ser bem debatido na Câmara de Vereadores, com a participação da população.

Nesta
sexta-feira (13 de novembro), tiveram início as festividades de fim de ano em Jales com a inauguração da decoração natalina. Uma carreata seguiu no sentido bairro-centro pela Avenida João Amadeu, até a Praça Euphly Jalles, onde se deu a abertura oficial com a chegada de Papai Noel.

A decoração
natalina deste ano está sendo mais ampla e atraente para os visitantes, graças à parceria entre a Câmara Municipal, a Prefeitura Municipal e a Associação Comercial e Industrial de Jales. A Câmara Municipal, através da Mesa Diretora, repassou a sobra de caixa para a Prefeitura juntar nos investimentos de execução da decoração nas praças e vias públicas. No próximo ano, essa decoração poderá chegar às entradas dos bairros com acesso ao centro da cidade. Isso poderá estimular mais ainda os consumidores que residem nos bairros.

A parceria
que ora acontece poderá ser novamente formada, tão logo passem as festas de fim de ano, com o objetivo de reformar a praça Euphly Jalles que foi descaracterizada pela administração petista, com a mudança dos bancos originais para simples bancos de madeira. E, porque não revitalizar a fonte luminosa? (No curto governo de Nice Mistilides, aos invés dela se preocupar com a reforma da praça, se preocupou com a fonte luminosa...). Muita gente ainda sonha com os belos jorros de água coloridos.

Um projeto
de revitalização da praça Euphly Jalles deve ser colocado em discussão entre a Câmara Municipal, a Prefeitura Municipal e a Associação Comercial e Industrial de Jales. Todos sabem que a praça tem servido para tudo, menos para o lazer da população. Mas após ser inicialmente planejada e construída, com a instalação da fonte luminosa, foi intensamente utilizada pela população e deixou saudades.

Há consenso
de que, como está atualmente, a praça não recebe o público que costumeiramente a freqüentava. Caiu na marginalidade, prejudicando a imagem da cidade. O público hoje apenas frequenta as lanchonetes ali existentes. Fora esse período natalino, claro, em virtude da decoração.

Corre
à boca pequena, nos bastidores políticos, que o prefeito licenciado Pedro Callado estaria aguardando a definição do futuro presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal, a ser escolhido no próximo mês, para requerer uma outra licença. Esses "ti ti tis" que circulam "por aí" são a melhor coisa da política. Nada significam, mas animam as conversas.

O Supremo
Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional, este ano, as doações de empresas para os partidos e os políticos. Neste caso, os vereadores que vão disputar a reeleição não devem mais temer prejuízo e podem cobrar do Executivo lei que coibe o abuso, como é o caso da "Lei dos Panfletos", de autoria do vereador petista Luis Fernando Rosalino. A lei já deveria estar regulamentada desde fevereiro deste ano. Mas está numa gaveta qualquer, em um gabinete do Paço Municipal.

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