Em 19 de agosto, ABN promove mutirão para alertar a população de Fernandópolis sobre a doença


A partir das 9h, em 19 de agosto, acontece um mutirão com o objetivo de levar maiores conhecimentos sobre a Esclerose Múltipla, na Praça da Matriz, no centro de Fernandopólis, interior de São Paulo.
Como parte da campanha “Esclerose Múltipla: um muro que podemos juntos ultrapassar” da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Maurício José Medeiros, membro aspirante da ABN, junto com os alunos da Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia de Fernandópolis, montarão uma tenda para abordar os moradores do município, visando a disseminar informações a respeito da EM. “Conversaremos com os transeuntes, transmitiremos os conhecimentos essenciais acerca do tratamento, sintomas, além dos serviços e especialistas que o portador de Esclerose Múltipla pode procurar”, afirma Maurício.
A Esclerose Múltipla atinge de 15 a 20 habitantes entre 100.000. Afeta principalmente os jovens de 20 a 40 anos, tendo predileção pelas mulheres. Trata-se de uma inflamação no sistema nervoso que deixa múltiplas lesões endurecidas semelhantes a cicatrizes, podendo evoluir para deficiências motoras, da coordenação, da visão e do equilíbrio. Sua causa ainda é desconhecida, mas sabe-se que fatores genéticos e do ambiente podem determinar seu aparecimento. Um dos maiores problemas da doença é que seus sintomas são facilmente confundidos com os de outras e o diagnóstico precoce é extremamente importante para que possa ser controlada. Elizabeth Regina Comini Frota, neurologista coordenadora do Departamento Científico de Neuroimunologia da ABN, destaca a importância da campanha e do mutirão:
“A EM acomete pessoas jovens, cheias de planos, que só estão no início da vida. Ela é crônica, imprevisível e não tem cura, e os portadores sentem como se um muro tivesse sido colocado no meio de seu caminho. Com o conhecimento e entendimento da Esclerose Múltipla, os pacientes, médicos e familiares podem ultrapassar esse obstáculo, continuando a vida da melhor forma possível e convivendo com a doença”. “A população brasileira, de modo geral, tem poucas informações a respeito da doença, porque em nosso meio sua prevalência é menor do que em países como Estados Unidos e Canadá, por exemplo. Isso não a torna menos grave, por isso a população deve ser alertada”, explica a dra. Elizabeth.
  A discriminação também é muito presente no dia-a-dia dos portadores de Esclerose Múltipla. “O preconceito é a pior parte da doença. Muitas pessoas produtivas e competentes estão trabalhando normalmente, mas tentam escondê-la, com medo de serem consideradas incapazes. Esta campanha é uma das iniciativas educacionais da ABN para diminuir o sofrimento das pessoas que têm a doença e sofrem discriminação”, pondera a neurologista.

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