Os falsos “técnicos” de informática


Por Flávio Mergulhão
Aconteceu de novo: um cliente estava com problemas em um notebook, que não acessava a rede cabeada. O prestador que se dizia “técnico” em informática arriscou o diagnóstico: problemas na placa mãe. Para resolver, o sugeriu a troca da placa, que ficaria em aproximadamente R$ 500,00 ou a compra de um notebook novo, algo em torno de R$ 1.500,00.
Quando um técnico de verdade pediu para avaliar o note, descobriu que o conector do cabo de rede estava levemente amassado. Com um clips de papel e cinco minutos depois, ele foi desentortado e o notebook voltou a funcionar.

Esse tipo de “diagnóstico” é mais comum do que se pensa. Principalmente porque os que se dizem “técnicos”, muitas vezes estão fazendo “bico” e não entendem muito mais do que o usuário. Para resolver problemas em informática, o técnico deve entender os conceitos de hardware, rede e sistemas operacionais.
Acontece que quando o técnico absorve esses conhecimentos, as médias e grandes empresas acabam por contratá-lo. Isso faz com que as pequenas e médias fiquem sempre a mercê de um mercado marginal, quase que dependentes desses “técnicos”.
É muito comum os que se dizem “técnicos” ao se depararem com um problema, sugerirem a compra de um equipamento novo ao invés de investigar o que realmente aconteceu. Por que? Porque assim dá menos trabalho e eu “resolvo” o problema do cliente sem precisar pensar. E quem paga o pato, ou melhor o reparo? Nós, os brasileiros já acostumados a pagar as contas da “falta de vontade” dos prestadores de serviços.
Tome cuidado ao contratar um suporte por R$ 50,00 ou R$ 100,00 de um prestador “que se diz técnico” ao invés de contratar uma consultoria. Você pode estar achando que está fazendo um bom negócio. Tenha certeza que se o negócio é bom para você, é melhor ainda para esse “técnico”, pois a falta de conhecimento dele, o levará a gastar muito mais...
Existe solução? Sim, existe! Ao contratar, verifique o conhecimento técnico do prestador de serviços, avaliando suas experiências anteriores, formação e cursos realizados. Fuja daqueles que tem experiência doméstica ou dos que tem conhecimentos limitados, como por exemplo conhece hardware, mas não conhece redes. Ainda existem empresas sérias que trabalham alinhadas com o cliente, fazendo com que a informática passe de um “custo” para um “investimento”. Felizmente!
Flávio Mergulhão é formado em administração de empresas com ênfase em análise de sistema e especialista na área de tecnologia. Trabalhou na Microsoft e em diversas empresas, criando, implementando e gerenciando TI. Ele é um apaixonado pela tecnologia e empreendedorismo, por isso mantém seu foco e experiência para ajudar as PMEs carentes de gestão de TI de nível profissional

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