O caminho da sabedoria

Reginaldo Villazón

Entre os assuntos que causam maiores interrogações no ser humano está a origem do universo e tudo o que nele existe. Filósofos e cientistas buscam respostas há muito tempo. Na antiguidade, as religiões inspiraram os povos na crença de divindades responsáveis pela criação e pela administração do mundo, da natureza e das criaturas. Pode-se dizer que, desta forma, os seres humanos nunca ficaram privados de explicações, bem como aprenderam a respeitar regras de conduta determinadas por seres imateriais poderosos.

O conceito monoteísta revelado no judaísmo prevaleceu nas religiões ocidentais. Deus é um só, sempre existiu e existirá. Ele criou sozinho o universo e todas as coisas, está presente em tudo o que existe e sabe tudo o que acontece. Deus é todo-poderoso, justo e misericordioso. Apesar da sua força e da intensidade da sua presença, Deus transcende a matéria, não tem um corpo material, não está sujeito às leis da matéria. Obviamente, este conceito de Deus é forte entre os ocidentais porque é ensinado na evangelização das crianças.

Felizmente, não é comum haver vozes discordantes de grupos sociais defensores de outros conceitos, no interesse de impor outras verdades. Dúvidas e discussões acontecem sempre que o conceito religioso é analisado impropriamente de forma racional. Além disso, especialmente neste caso de Deus, a ignorância humana não permite a compreensão de uma entidade antiguidade, as religiões inspiraram os povos na crença de divindades responsáveis pela criação e pela administração do mundo, da natureza e das criaturas. Pode-se dizer que, desta forma, os seres humanos nunca ficaram privados de explicações, bem como aprenderam a respeitar regras de conduta determinadas por seres imateriais poderosos.

O conceito monoteísta revelado no judaísmo prevaleceu nas religiões ocidentais. Deus é um só, sempre existiu e existirá. Ele criou sozinho o universo e todas as coisas, está presente em tudo o que existe e sabe tudo o que acontece. Deus é todo-poderoso, justo e misericordioso. Apesar da sua força e da intensidade da sua presença, Deus transcende a matéria, não tem um corpo material, não está sujeito às leis da matéria. Obviamente, este conceito de Deus é forte entre os ocidentais porque é ensinado na evangelização das crianças.

Felizmente, não é comum haver vozes discordantes de grupos sociais defensores de outros conceitos, no interesse de impor outras verdades. Dúvidas e discussões acontecem sempre que o conceito religioso é analisado impropriamente de forma racional. Além disso, especialmente neste caso de Deus, a ignorância humana não permite a compreensão de uma entidade metafísica. Assim, há os crentes que se retraem diante das tragédias, o que sentem medo de Deus, os que se revoltam contra Deus. E os que perdem a crença em Deus.

O filósofo e economista alemão Karl Marx (1818 – 1883) presenciou tanta injustiça, miséria e morte que se tornou um crítico de Deus e buscou no comunismo a solução para as desgraças sociais. Num poema, escreveu: "Assim, perdi o direito ao céu, sei disso perfeitamente. Minha alma, outrora fiel a Deus, está destinada ao inferno." O escritor português José Saramago (1922 – 2010) escreveu: "Sou um ateu produzido pelo cristianismo. Tenho umas contas para acertar com Deus, se ele existir. Deus está no cérebro humano".

Estas crises existenciais são amargas e insolúveis. Mas acontecem debates inúteis carregados de mágoa. Crer, duvidar e negar são situações provisórias, enquanto não se chega à sabedoria que ilumina, à verdade que liberta do subdesenvolvimento. Desde a Idade Antiga, nas escrituras hinduístas, há um verso que diz: "O caminho da sabedoria é difícil e estreito, da largura do fio de uma navalha." Confirmando esta afirmação, Jesus anunciou: "Estreito é o caminho da vida." Sem dúvida, isto invalida as discussões exaltadas.

No universo, nem tudo verdadeiro é sólido, palpável, objetivo. No difícil e estreito caminho da sabedoria, é preciso enfrentar questões intangíveis, abstratas, subjetivas. Nós temos que construir, dentro de nós, a nossa consciência através de um árduo trabalho individual. Crer, duvidar e negar são partes das experiências da caminhada. Cada indivíduo pode criar o seu próprio conceito de Deus. Mas cada indivíduo tem que trabalhar para fortalecer dentro de si os sentimentos de respeito, afeto, solidariedade, bondade e misericórdia

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