Falta de ar pode ser indício de problemas mais graves

A dispneia, ou falta de ar, é a sensação de fôlego curto ou dificuldade em respirar. Esta pode ser a manifestação clínica da disfunção de vários sistemas, como o cardiovascular, respiratório, hematológico e neuromuscular ou ainda multifatorial, quando dois ou mais sistemas estão envolvidos.
Todas essas causas representam doenças, que devem ser diagnosticadas e tratadas o quanto antes. Nos casos de origem cardiovascular, a dispneia pode ser em consequência do acometimento vascular (coronarianas), do músculo cardíaco e ou das válvulas do coração. Em relação ao sistema respiratório, a dispneia é decorrente de doenças que envolvem as vias aéreas, o pulmão (parênquima pulmonar), a pleura ou os vasos pulmonares. Por fim, a dispneia pode ser de outras causas, como anemias, doenças neuromusculares, obesidade, descondicionamento físico ou eventualmente emocional.
"As causas mais comuns são as que envolvem o sistema respiratório e cardiovascular. É importante ficar de olho na dispneia, pois pode ser a única manifestação de uma doença grave", afirma o dr. Mauri Monteiro Rodrigues, médico pneumologista do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e do Hospital de Transplante Euryclides de Jesus Zerbini e membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
Manifestação da falta de ar
– Toda a sensação de fôlego curto, de forma súbita ou não, seja em repouso ou durante o exercício físico, deve ser relatada ao médico."O paciente deve se preocupar principalmente nos casos em que a dispneia é persistente", ressalta o dr. Mauri.
Alterações do estado emocional, em alguns indivíduos, com ou sem doença de base, pode ser a causa da falta de ar. "A dispneia percebida aos esforços pode ser a primeira manifestação de doença", explica o dr. Mauri.
Embora portadores de doenças pulmonares, cardiovasculares, tabagistas, indivíduos com exposição a poeiras orgânicas e hipertensos não controlados sejam mais suscetíveis ao sintoma, qualquer pessoa pode sentir falta de ar, mesmo jovens previamente sadios e sem fatores de risco.
Tratamentos
– O tratamento dependerá, sempre, do diagnóstico da doença que levou à falta de ar. De acordo com os achados clínicos e os fatores de risco associados, o médico faz as hipóteses diagnosticas que serão confirmadas com exames complementares.Para quem sente falta de ar, a melhor saída para amenizá-la é diagnosticar a causa para instituir o tratamento correto. "A prevenção da dispneia envolve promover campanhas contra o tabagismo, utilizar equipamentos de proteção adequados nos casos de exposição a poeiras orgânicas, incentivar campanhas nacionais de proteção contra as doenças cardiovasculares e respiratórias, entre outras medidas", explica o dr. Mauri Monteiro.

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