Edinho debate lei da Copa do Mundo para SP e pede fim da impunidade


O  deputado estadual Edinho Silva (foto) participou, na noite de quarta-feira,27 de maio, de votação no plenário da Assembleia Legislativa, do Projeto de Lei 198/2014, que regulamenta a Copa do Mundo no estado de São Paulo. Um dos pontos polêmicos da proposta é a liberação da venda de bebidas alcoólicas na Arena Corinthians durante a realização de jogos da Copa do Mundo, porém, a votação foi adiada por falta de quórum. O projeto deve ser pautado novamente nas próximas sessões. Durante os debates, o deputado Edinho Silva acusou a impunidade nos estádios de futebol, por conta do anonimato, como o principal motivo de atos de violência entre torcedores.
A bancada do PT defendeu a proposta, já que a liberação de bebidas alcoólicas seria somente para os seis jogos da Copa do Mundo que acontecerão na Arena Corinthians. Além disso, a proposta respeita um compromisso celebrado pelo Governo Federal com a FIFA para a realização da Copa no Brasil, "a Bancada do PT está correta, vincular a venda de bebidas às ocorrências de violência nos jogos de futebol é um falso argumento, já que os torcedores podem chegar alcoolizados e até drogados nos estádios; o problema é a impunidade, se a lei for rigorosa com os torcedores violentos vamos diminuir muito as ocorrências nos estádios de futebol e também em todos os eventos onde exista propensão ao anonimato", argumentou Edinho.As bancadas do PSC, PSD, PRB e os deputados Orlando Morando (PSDB) e Jooji Hato (PMDB) se posicionaram contrários ao projeto, com a alegação de que a liberação pode estimular o consumo de álcool e incentivar a violência no estádio durante os jogos do mundial. A questão religiosa, que não permite o consumo de álcool, estimulou parlamentares da Casa a falarem contra a Lei que regulamenta a organização da Copa do Mundo em São Paulo.O deputado Edinho Silva alertou os parlamentares a terem bom senso para debater o mérito da mudança na legislação e não questões que não estavam em votação na Casa.  "A violência, a drogadição, a dependência química, a falta de estrutura das famílias brasileiras são debates que devem estar presentes na Assembleia Legislativa de São Paulo o tempo todo e deve ser uma luta contínua a superação dessas mazelas, mas isso não diz respeito à organização da Copa do Mundo no estado de São Paulo.”
Estados liberaram venda
De acordo com a Lei Geral da Copa, a definição da venda ficou a critério de cada estado que receberá os jogos. As demais sedes que receberão jogos do mundial já liberaram a venda durante as partidas e somente o estado de São Paulo ainda não tem a definição.
Muitos parlamentares contrários à proposta alegaram também um descontentamento da população com os investimentos feitos para a realização do mundial. Para Edinho, ainda falta informação sobre os benefícios da Copa e tem muita utilização político-partidária da desinformação. "A Copa do Mundo está proporcionando e vai proporcionar mais de R$ 142 bilhões adicionais em circulação na economia brasileira e também mais de 100 milhões de novos negócios para micro e pequenas empresa. Além disso, 48 mil empregos serão gerados nos 12 estados que receberão os jogos e 50 mil postos de trabalho foram gerados na construção destes estádios”, salientou.
Edinho ressaltou ainda, em sua intervenção, que parte do valor investido em estádios é proveniente de financiamentos, "esses investimentos com a Copa do Mundo totalizam R$ 8 bilhões, dos quais, R$ 4 bilhões são valores referentes a financiamentos que retornarão aos cofres das instituições financeiras”, comparando ainda com outros gastos do Governo Federal. “Só em saúde serão investidos R$ 107 bilhões e em educação R$ 91 bilhões em 2014. A falta de informação sobre a Copa manipula consciências”, finalizou o parlamentar.


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