20 anos de basquete e amizade

 
Em pé - sentido relógio: Rafael Sangaleto, Paulinho Buso, Jiló, Caco Doro, Albano, Igor, Osvaldo Paz Landin, João Antonio, Allan Oliveira, Renato Preto, Silvio Paz Landin, Henrique Macetão e André Macetão. Agachados: sentido relógio: Juscelino Pereira, Dadá, Beto Gandur, João Henrique, Rodrigo Costa, Sidnei Gomes, Tiago Auko, Julio César, Fernando Mandarini, Fernando Manfrin, Túlio, Nando Doro e Sidinei Aldrigue.

O ano era 1994. O basquetebol de Jales já era respeitado no cenário nacional.
A cidade contava com um time da elite do esporte e disputava a maioria das finais dos campeonatos estaduais e do Brasil.
Ídolos da seleção nacional e de outros países desfilavam seus talentos em nossa quadra. O Ginásio Municipal de Esportes "Waldemar Lopes Ferraz" era o templo do esporte da bola laranja.
Em cada esquina da cidade havia uma tabela pendurada em um poste ou árvore.
As bolas de basquete multiplicavam-se cidade afora, mais até que as bolas de futebol, o esporte paixão nacional. A cidade respirava basquete. Em cada coração jalesense pulsava a admiração e o orgulho de aqui residir e poder torcer pela equipe da casa. Inegavelmente, Jales era sinônimo de basquetebol.
Para dar continuidade à hegemonia no esporte, pois, como se sabe, não há bons atletas se os mesmos não forem formados, a cidade montou equipes de base, buscando garimpar e lapidar talentos para colocá-los à disposição do basquete e, mais que isto, formar homens de bem, através do esporte.
E eis que após algumas "peneiras", foram montadas as equipes mirins e mini-mirins, para atletas nascidos entre 1980 e 1982.
Os responsáveis pela montagem e treinamento das equipes eram Grafitinho (in memoriam), Robin Davis, Sonia Mina, Marcos Resende(Jiló)e Gilberto Valente(in memoriam).
As equipes, que contavam com inúmeros "pratas da casa", pois o talento acabara se irradiando, por inspiração, da equipe principal adulta, começaram a disputar campeonatos paulistas, jogos regionais e ligas regionais, tendo como maior feito a conquista do terceiro lugar no campeonato paulista em 1995.
Infelizmente, antes do final da década de 90 o sonho acabou...
Jales perdeu sua equipe principal e, por conseqüência, todo o trabalho de base.
Alguns dos atletas lograram êxito na carreira esportiva, como Dadá, Juscelino e Beto Gandur. Outros tornaram-se médicos, advogados, dentistas, empresários, professores, profissionais das mais diversas áreas.
Mas os atletas, assim como a cidade, não perderam as raízes e nem a paixão pelo esporte!
Prova disto foi o encontro que ocorreu no sábado, 19 de abril: os ex-atletas, oriundos daquelas equipes de base, passados 20 anos daquela fase áurea, reencontraram-se neste último final de semana em Jales.
Muitos, é bem verdade, não conservaram sequer o biotipo de atleta. Outros, por questões pessoais ou por força de sua profissão, nunca mais pisaram sequer em uma quadra de basquete. Mas, inegavelmente, a paixão pelo esporte continuou latente.
O encontro, denominado "20 anos de basquete e amizade", ocorreu, inicialmente, às 10h no Ginásio de Esportes, e contou com a equipe dos ex-alunos treinados pela Sônia Mina contra os ex-alunos do Robin Davis.
O jogo festivo teve lances que mostraram que muitos ainda tem as raízes do esporte consigo, outros, nem tanto... perderam a velocidade e a habilidade com o passar do tempo. Mas não perderam a paixão pelo esporte, nem a memória de quão bom fora aquele tempo.
A partida, disputadíssima, terminou com o placar em favor do sentimento de saudade sendo eliminada, de revalorização de uma época que não mais é realidade, de como era bom quando se era jovem e a juventude era sadia. O resultado final foi a vitória do basquete!
Como ninguém vive só de recordações esportivas, após o jogo os participantes dirigiram-se ao Clube dos Médicos, onde foram recepcionados por um suculento churrasco e um bate papo para colocarem os assuntos em dia após anos.(texto enviado por Fábio Rogério Galan)


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