Transporte público no Brasil

Por Vanessa Ribeiro Zanforlin Santos e Alisson Maxwell Ferreira de Andrade

Com o desenvolvimento urbano, vivenciamos no Brasil o problema de infraestrutura, principalmente nos grandes centros. Um dos destaques é o transporte público que, apesar de ser considerado de caráter essencial à população, não consegue atender à demanda no ritmo necessário, demonstrando assim, mais do que falta de recursos financeiros, erros de administração pública.

As metrópoles brasileiras oferecem linhas de ônibus para todos os bairros, o que permite mobilidade ao cidadão. Em algumas cidades, a população pode contar também com outras modalidades, como trens e metrôs. Entretanto, são notórios problemas como quantidade e frequência inadequadas de linhas de ônibus, tarifas abusivas, veículos em condições de manutenção precárias, superlotação e falta de segurança, tanto para os passageiros quanto para os profissionais que trabalham no setor.

Já nas cidades de pequeno e médio porte, frequentemente, não há linhas regulares para todos os pontos do município, o que leva a população a tomar outras providências para a sua mobilidade. Tais providências geram inúmeros problemas de ordem social e econômica: aumento de veículos nas vias públicas, poluição do ar, engarrafamento no trânsito e acidentes, principalmente, envolvendo motociclistas, ciclistas e pedestres.

Estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que, mais do que reduzir a poluição e melhorar a qualidade do ar, uma rede de transporte público eficiente ajuda a combater problemas de saúde pública, como acidentes de trânsito, estresse, sedentarismo e obesidade. Além disso, ajuda a prevenir doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares e as pulmonares. No entanto, A OMS, segundo nota publicada no Jornal Folha de São Paulo, no mês de agosto deste ano, calcula que 1,2 milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito e que, nas áreas urbanas, os carros são responsáveis por até 90% da poluição do ar ambiente.

Segundo edição de 17/09/2013, do Bom Dia Brasil, pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (IBOPE) constatou que dos 805 paulistanos entrevistados, 69% acham o trânsito ruim ou péssimo, 93% são a favor de ampliar as faixas de ônibus e 79% dos entrevistados afirmam que adotariam o transporte público se fosse eficiente e confortável.

Percebe-se a importância de uma melhor administração dos recursos para que o transporte público no Brasil seja de qualidade, eficiente e eficaz. É fundamental que os governantes estejam comprometidos com essa questão, buscando sempre realizar o bem-comum de todos.

Vanessa Ribeiro Zanforlin Santos: Acadêmica do Curso de Administração da UFMS – Câmpus de Três Lagoas. E-mail: vanessa.zanforlin@hotmail.com Alisson Maxwell Ferreira de Andrade: Professor do Curso de Administração da UFMS – Campus de Três Lagoas. E-mail: alissona@fearp.usp.br

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