Professora e funcionária da Santa Casa aborda ‘morte materna’ em livro



Sandra Regina recebeu na última semana uma cópia do livro
que será lançado em breve; ela é autora do primeiro capítulo
(foto/divulgação/santa casa)
A "Morte Materna" foi o tema escolhido pela coordenadora do Núcleo de Gestão de Qualidade da Santa Casa de Fernandópolis, Sandra Regina de Godoy, para abrir o livro "Saúde Materna e Neonatal". A publicação é das enfermeiras Ariadne da Silva Fonseca e Rita de Cássia Silva Vieira Janicas, e editado pela Martinari.
No capítulo intitulado: "Morte Materna: Violação dos Direitos Reprodutivos das Mulheres", Sandra aborda as causas e fatores que envolvem o óbito de mães durante a gravidez e o parto, além das ações estratégicas que podem ajudar a evitar as complicações.
Doutora em enfermagem, Sandra conheceu uma das autoras do livro, Rita de Cássia, quando cursaram o mestrado na USP (Universidade de São Paulo) em 1999. "O tema do meu mestrado foi a morte materna e como mantivemos amizade, em abril deste ano ela me convidou para escrever o primeiro capítulo do livro que será lançado em parceria com a Ariadne, que é amiga da Rita."
Em junho deste ano a coordenadora do Núcleo de Gestão de Qualidade da Santa Casa de Fernandópolis atualizou seus dados e encaminhou o capítulo, com dez páginas, para as amigas escritoras. "Foi uma felicidade e fiquei muito surpresa pela rapidez na edição do livro". O primeiro exemplar foi entregue a Sandra na última semana e a data do lançamento ainda não foi divulgada pela editora.
No capítulo que abre a publicação, Sandra destaca que em 2011 foram registrados no Brasil 1.610 óbitos maternos. E em 2010, a razão de mortalidade materna foi de 68,2 mortes para 100 mil nascidos vivos. "Significa que ainda temos um problema de saúde pública muito sério para ser resolvido, pois esse índice ainda está alto quando comparado aos países desenvolvidos
", cita em trecho do livro.
Sandra ainda reforça que as causas de morte materna são, em sua maioria, evitáveis e possíveis de prevenção. "As causas mais comuns que predominam os óbitos maternos são as mortes obstétricas diretas, definidas como complicações decorrentes diretamente da gravidez (eclâmpsia – hemorragia gestacional – complicações de aborto – infecção puerperal – entre outras), de complicações de alguma doença pré-existente (cardiopatias – diabetes – hipertensão arterial crônica – entre outras) ou de alguma doença que se instala durante a gestação ou puerpério e é agravada pelos efeitos fisiológicos da gravidez (broncopneumonias – pielonefrites – entre outras).
Colaboradora m gestão acadêmica da Santa Casa desde novembro do ano passado, Sandra já tem diversas publicações de artigos científicos, mas essa foi a sua primeira contribuição para um livro.
Currículo – Atualmente, Sandra é professora dos cursos de Enfermagem da FEF (Fundação Educacional de Fernandópolis) e de Medicina da Unicastelo.

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