Por Waeene Caires e Caroline Carmargo
O tereré tem uma função social em nosso estado, pois, além de ser uma bebida gelada que refresca as pessoas do intenso calor, ela funciona como forma de interação entre as pessoas.
Por vezes, hoje, os jovens estão trocando as rodas de tereré por rodas de narguilé, pois o narguilé acaba por ter a mesma função social de reunião e conversa amigável.
Entretanto, diferentemente do tereré, o narguilé traz uma série de malefícios a saúde, embora tenha aparência inofensiva e aroma agradável, o que facilita sua disseminação entre os jovens, para consumo coletivo deste produto.
Segundo Thais Pacievitch, por meio do sítio eletrônico infoescola.com, o narguilé "é uma espécie de cachimbo de água, por meio do qual o tabaco (geralmente aromatizado) é fumado com o acréscimo de melaço (muessel, um derivado do açúcar). O fumo especial para narguilés podem ter aromas variados, como de frutas, mel e flores, entre outros".
Aroma e aparência do narguilé acabam mascarando malefícios. O sítio eletrônico do Governo Federal destacou que: "de acordo com a OMS [...] o consumo de narguilé [...] foi significativamente associado com o desenvolvimento do câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença periodontal e baixo peso ao nascer".
O aumento desmedido do consumo de narguilé entre a população, principalmente entre os jovens, fez com que o narguilé fosse o tema do Dia Nacional de Combate ao Fumo de 2013 (evento que acontece desde 1986, criado pela lei Federal nº 7.488, que tem o intuito de reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo tabaco).
Por ser um produto que contem tabaco, o seu consumo causa dependência. Estudos realizados pela UnB apontam que uma sessão de narguilé equivale a 100 cigarros, e mais um agravante: a fumaça do narguilé expele o monóxido de carbono, liberado pelo carvão em brasa.
Essas informações, por vezes, não chegam aos jovens, que, por medo de exclusão de determinados grupos, acabam por fazer uso do narguilé.
Após se tornar viciado em nicotina, o jovem, em alguns casos, se torna usuário de outras drogas (cigarro, maconha), funcionando o narguilé como uma espécie de porta de entrada para outras drogas. Assim, é iminente a necessidade da informação dos jovens de forma geral, a fim de que pensem e tenham consciência dos males do produto, antes de sua utilização.
Waeene Juliane de Souza Caires: Acadêmica de Administração da UFMS – Campus de Três Lagoas (MS). E-mail: waeene@hotmail.com – Caroline Leite de Camargo: Bacharel em Direito pela UFMS – Câmpus de Três Lagoas (MS) e Diretora do Instituto Três Lagoas de Educação Profissional. E-mail: karoll_kamargo@hotmail.com
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