Deputado Carlão Pignatari afirma que não é dono e nem sócio das empresas do grupo Scamatti

Deputado esclarece à imprensa acusações
sobre envolvimento com empresa Demop

O deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) reuniu a imprensa da região, na tarde desta segunda-feira, 29 de abril, para esclarecer sobre as acusações que lhe estão sendo feitas de que ele seria sócio da empreiteira Demop, alvo de investigação do Ministério Público e Polícia Federal. As empresas Demop e a Scamatti & Seller são investigadas de fraudar licitações em prefeituras, superfaturando o valor das obras.
Na oportunidade, o deputado esclareceu que nunca foi sócio da Demop ou de qualquer empresa da família Scamatti. "A relação que temos é que o Olívio (Scamatti) e seu pai Pedro foram funcionários de empresas da minha família. Por isso, acabamos criando um vínculo de amizade, que dura mais de 30 anos. O que eu tenho dito repetidas vezes é que desde agosto do ano passado, eu e o Olívio, por um problema pessoal, não nos falamos, mas mantenho amizade normal com seus irmãos e pais", disse Carlão.
A respeito de uma suposta testemunha oculta que o jornal Diário da Região (de São José do Rio Preto) cita, de que "teria dito ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que "imagina" que eu seja sócio da Demop é uma inverdade. Essa pessoa fez uma suposição e não uma afirmação, como colocou o jornal. Nunca fui sócio de empresas da família Scamatti", reforçou o deputado.
Segundo Carlão, "antes do Olívio fundar a Demop, em 1999, ele trabalhou por 15 anos no Frigorífico, como gerente comercial, assim como o pai e o irmão dele. O "seo" Pedro ficou sete anos na empresa e foi o responsável pela construção dos barracões da granja. O Pedro, o filho, foi supervisor de venda no laticínio, do qual minha família era sócia", acrescentou.
Carlão ainda comentou sobre uma foto publicada pelo jornal A Cidade, em abril de 2012, em que ele aparece com alguns dos empresários da Scamatti, "não significa que somos sócios. Apenas estávamos no mesmo evento, na mesma hora e fomos abordados pela repórter social do jornal para posarmos para uma foto meramente social", explicou.
Sobre o envolvimento do engenheiro Fernando César Matavelli, Carlão disse "sei que é uma pessoa do bem, de excelente família da cidade e jamais fez qualquer coisa que o desabonasse. Ele foi secretário de Obras durante a administração do Pedrão Stefanelli, na minha, continuou na gestão do Juninho (Marão) e depois foi para a Demop. Ele é um profissional competente e pode trabalhar onde bem entender, conforme a lei de oferta do mercado. Quero deixar claro que não tenho nada a ver com a contratação dele pela Demop", disse.
Carlão ainda informou que chegou a ser investigado pelo Gaeco, de 2008 a junho de 2010 e que não foi possível provar a sua participação. Desta forma, os promotores manifestaram que não havia interesse em prosseguir com as investigações.
Sobre o que várias pessoas andaram comentando, cujas declarações foram publicadas pelos jornais, o deputado explicou que as perguntas de esclarecimentos devem ser feitas a essas pessoas. Disse ainda que é a favor da apuração dos fatos.
Finalizando, o deputado disse que não há qualquer indício ou possibilidade de sua participação nesses fatos. "Estou com minha consciência tranquila, pois não tenho nada a ver com nada disso e torço para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível, porque estão querendo me envolver em algo que não devo", concluiu.

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