Você sabe quais são as ruas mais caras do Brasil? Ranking revela onde o metro quadrado mais se valoriza no país

 

 

A Oscar Freire, em São Paulo, surge como um dos endereços estratégicos desse movimento e ajuda a explicar a nova lógica do luxo urbano no Brasil


 

                                            Foto: divulgação


Uma análise dos principais levantamentos imobiliários do país mostra que os metros quadrados mais caros do Brasil estão concentrados em poucos e altamente disputados endereços. No Rio de Janeiro, a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, lidera com valores que chegam a cerca de 55 mil reais por metro quadrado, seguida pela Avenida Epitácio Pessoa, em Ipanema, que registra médias próximas de 33 mil reais. Em Brasília, o Lago Sul mantém o posto de área mais valorizada da capital federal, com casas que facilmente ultrapassam quatro milhões de reais, enquanto em Belo Horizonte os bairros de Lourdes e Savassi aparecem no topo da cidade com valores acima de oito mil reais por metro quadrado. No Sul, o Batel, em Curitiba, se destaca como referência regional, alcançando cerca de 15,5 mil reais por metro quadrado e forte ritmo de valorização anual.


Esses endereços têm em comum a combinação entre oferta limitada, infraestrutura consolidada e um consumidor que prioriza mobilidade, conveniência, segurança e a possibilidade de viver o bairro a pé. Nesse contexto, a Rua Oscar Freire, em São Paulo, ocupa posição estratégica. Reconhecida internacionalmente pelo varejo de luxo, a via registrou valorização de cerca de 65 por cento nos aluguéis comerciais em doze meses, segundo o relatório Main Streets Across the World, da consultoria Cushman & Wakefield, e passou a figurar entre as ruas de maior destaque global. Mais do que uma métrica financeira, o desempenho revela o fortalecimento da Oscar Freire como símbolo de desejo e de vida urbana qualificada, influenciando diretamente o mercado residencial do entorno.


A valorização observada no Jardins reflete uma transformação no perfil de compra do público de alta renda. O metro quadrado deixou de ser avaliado apenas pela metragem ou pelo acabamento e passou a incorporar atributos ligados ao estilo de vida, proximidade a serviços, gastronomia, cultura, saúde e trabalho, além da possibilidade de reduzir deslocamentos e otimizar o tempo. Morar próximo à Oscar Freire significa integrar rotina, lazer e conveniência em um único território e isso se tornou central na decisão de compra desse segmento.


O mercado imobiliário responde a essa mudança. Em São Paulo, o alto padrão movimentou mais de sete bilhões de reais apenas no primeiro trimestre de 2025, com crescimento expressivo mesmo em ambiente de juros elevados. O consumidor sofisticado segue vendo o imóvel como reserva de valor, mas também como expressão de identidade e de propósito, o que impulsiona o conceito de luxo responsável, aquele que valoriza iluminação natural, ventilação, convivência qualificada, materiais de menor impacto e soluções orientadas ao bem-estar.


É nesse cenário que a Netcorp consolida sua atuação no Jardins. “Essa valorização expressiva reforça o que vemos acontecer no bairro, um novo ciclo de desejo, modernidade e relevância. Investimos na região porque ela reúne qualidade urbana, cultura e uma experiência de morar que poucas áreas de São Paulo conseguem oferecer”, afirma Fabrizio Bevilacqua, CEO da incorporadora. Projetos como o Netcorp Tower, com unidades que variam de studios a coberturas de 247 metros quadrados, e o Joya Jardins, com plantas de 57 a 158 metros quadrados, foram concebidos para atender um público que busca funcionalidade, design contemporâneo e integração direta com a vida do bairro, além de atributos associados ao bem-estar e ao uso eficiente dos espaços.


O movimento observado nas ruas mais valorizadas do país mostra que o verdadeiro diferencial do alto padrão hoje não está apenas no projeto arquitetônico, mas na soma entre localização, conveniência e narrativa urbana. Da Delfim Moreira ao Batel, passando pelo Lago Sul, Lourdes, Savassi e pela Oscar Freire, o metro quadrado mais caro do Brasil representa menos o imóvel em si e mais a forma de viver que ele possibilita. E, no novo luxo urbano, essa experiência se tornou o ativo mais valioso.


Nota metodológica


Os valores de metro quadrado e indicadores de valorização mencionados neste artigo foram obtidos a partir de levantamentos imobiliários regionais realizados em 2025 nas capitais Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba, além de dados setoriais de mercado de alto padrão em São Paulo. As informações sobre desempenho da Rua Oscar Freire derivam do relatório Main Streets Across the World 2025, publicado pela consultoria Cushman & Wakefield, que monitora 140 eixos globais de varejo de luxo.

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