Uma visão diferente do dogma trinitário


Coluna  do escritor, ex-seminarista Redentorista, professor aposentado de português e literatura formado na PUC MG, jornalista e teólogo espírita, tradutor da Bíblia, NT, José Reis Chaves. Email:  jreischaves@gmail.com)



Esta coluna se baseia nos textos dos   capítulos 4 e 7 de meu livro “A Face Oculta das Religiões”, Editora EBM ou Megalivros, Santo André na Grande São Paulo. Nela mostro, respeitosamente, erros da criação do Espírito Santo e da Santíssima Trindade.

A confusão trinitária, em parte, se deve ao ego inferior ou carnal dos teólogos, de que nos lembra Jesus: “A carne para nada aproveita” (São João 6: 63), ou seja, o eu inferior nosso ou a personalidade variável de cada reencarnação ao lado deste outro: “O espírito ou a individualidade (Ego ou Eu Superior profundo) que vivifica.” E este conhecido dito retrata bem o que estamos dizendo e que, hoje, não soa bem para a Igreja: “Roma locuta est, causa finita” (“Roma falou, assunto encerrado”.) É por isso que somos de opinião que a Igreja revise suas doutrinas criadas em épocas de certa ingenuidade geral e teológica influenciadas pela mitologia. E ela se orienta muito por este ensino evangélico: “... a vós são dados os mistérios do Reino de Deus, mas para os que estão de fora, todas essas coisas se dizem por parábolas...” (São Mateus 14: 11, 34 e 36). Mas para os teólogos, também, a Santíssima Trindade e o ES são um mistério e criado por eles mesmos e não Deus!

E onde está a confusão dela? O cristianismo é monoteísta. Mas os teólogos transformaram os atributos ou aspectos do Deus Pai, de Jesus e do Espírito Santo (os espíritos ou almas, nisto está certa) em Pessoas e que cada uma é Deus igual ao Deus Pai, Criador incriado que sempre existiu até antes do tempo e é Causa Primeira de todas as coisas, isto é, a Causa não causada.

 Quanto ao Filho, Jesus Cristo, Ele é mesmo Pessoa, do que não temos dúvida nenhuma, embora Apolinário de Laodiceia tenha ensinado a polêmica doutrina de que a Pessoa de Jesus é também divina, a qual foi condenada quando o chefe da Igreja era o Papa Dâmaso (Século IV).

 Até o ano de 381, quando foram criados o Espírito Santo e a Santíssima Trindade, na Bíblia, quando se fala em Espírito Santo, trata-se do espírito ou alma de uma pessoa já falecida. E no Vaticano há o Museu das Almas, com registros de vários fenômenos mediúnicos de manifestações de espíritos, inclusive, de santos.

 O espaço da coluna não me permite citar vários exemplos bíblicos.  Por isso, só cito estes dois: “Quem pôs nele seu Espírito Santo?” (Isaias 63: 11) e “...Deus suscitou o Espírito Santo de um homem muito jovem chamado Daniel” (Daniel 13: 45) da Bíblia Católica.

E uns teólogos europeus ensinam que, quando a Bíblia fala em anjos, ela se refere a espíritos iluminados de pessoas falecidas (Padre François Brune, autor de “Os Mortos nos Falam”.)

Um Feliz Natal para todos!

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