Tecnologia 2026: da dependência ao controle com IA



À medida que 2026 se aproxima, as empresas precisam escolher entre manter uma falsa sensação de segurança, correndo o risco de um aprisionamento tecnológico capaz de comprometer toda a operação, ou promover mudanças profundas em sua infraestrutura para garantir competitividade no longo prazo. Especialistas da SUSE alertam que depender de soluções proprietárias de um único fornecedor deixou de ser apenas uma dívida técnica: tornou-se um risco financeiro significativo e uma ameaça real à continuidade dos negócios.

Com base nas tendências globais que impactam diretamente mercados emergentes e regulados como o Brasil, a SUSE destaca cinco imperativos estratégicos para os líderes de TI nos próximos anos:

 

  1. A Resiliência começa com a liberdade de escolha (soberania e independência de dados)

Para 2026, a resiliência não é apenas uma escolha de TI, mas a base do sucesso. Enquanto a Europa foca na "Soberania Digital" e os EUA na "Independência de Dados", para o mercado brasileiro a lição é clara: governança de custos e conformidade. Com o cenário regulatório cada vez mais rigoroso (com leis como a LGPD seguindo os passos da GDPR e regulamentações estaduais dos EUA) e a consolidação agressiva do mercado de tecnologia, as empresas devem manter o controle sobre seus dados. A dependência de um único fornecedor deixa as organizações vulneráveis a aumentos massivos de preços e mudanças forçadas de licenciamento — um fenômeno já sentido no mercado global. “A soberania digital, portanto, também é um tema de competitividade empresarial, não apenas de políticas públicas. Empresas que dominam sua infraestrutura conseguem responder mais rápido a mudanças regulatórias, proteger melhor seus dados e inovar de forma mais ágil”, explica Marcos Lacerda, Presidente da SUSE na América Latina.

  1. O fim da virtualização proprietária e a ascensão do "Open Infrastructure"

A era da “loja de um único stack” ficou para trás. A virtualização proprietária deixou de ser o padrão, enquanto ecossistemas abertos baseados em KVM e Xen (tecnologias que permitem criar e gerenciar máquinas virtuais) passam a redefinir o mercado. Cada vez mais, as organizações abandonam as limitações de stacks fechados e adotam alternativas abertas. Plataformas de infraestrutura hiperconvergente (HCI) nativas de Kubernetes estão unificando máquinas virtuais e contêineres em uma única interface, mais simples e eficiente. Para as empresas que ainda estruturam seus planos de 2026 com base em um cenário totalmente centrado em soluções proprietárias de virtualização, o alerta é direto: a curva de inovação já avançou — e elas estão ficando para trás.

 

  1. “Zero Trust” como estratégia

Confiar apenas em modelos tradicionais de proteção já não é viável do ponto de vista de risco empresarial. O futuro da segurança exige um modelo genuíno de Zero Trust — “nunca confie, sempre verifique”. Como eliminar 100% das vulnerabilidades é irreal, a métrica de sucesso precisa evoluir para bloquear a exploração de fraquezas no momento da execução. Isso requer software concebido com segurança desde a base (secure by default), especialmente no nível dos contêineres, garantindo que até vulnerabilidades desconhecidas não possam ser exploradas em tempo real.

 

  1. IA requer agilidade e infraestrutura "Context-Aware"

A Inteligência Artificial é uma tecnologia em constante mutação (shapeshifter). O sucesso depende da capacidade da empresa de se manter atualizada e integrar a IA sem comprometer a segurança ou o orçamento. As empresas devem construir sistemas de infraestrutura que sejam conscientes do contexto e seguros pelo design. A adoção de uma abordagem de código aberto permite que as organizações mantenham a flexibilidade da plataforma, garantindo agilidade para adotar as inovações mais confiáveis e trocar modelos conforme a tecnologia evolui, sem ficar presa ao roteiro de um único ecossistema.

 

  1. Abertura não é tendência, mas sim a proteção contra o risco tecnológico

A maneira mais eficaz de garantir estabilidade de longo prazo e evitar custos crescentes é adotar uma estratégia de abertura. Construir sobre fundações abertas cria uma plataforma robusta e resiliente que funciona como uma verdadeira apólice de continuidade dos negócios. Essa flexibilidade protege o planejamento financeiro contra decisões unilaterais de fornecedores e assegura que a empresa possa incorporar tecnologias que ainda nem têm nome — seja em ambientes de nuvem híbrida ou na expansão acelerada do edge computing.

 

Sobre a SUSE

A SUSE é líder global em soluções corporativas de código aberto inovadoras, confiáveis e seguras, incluindo o SUSE® Linux Suite, o SUSE® Rancher Suite, o SUSE® Edge Suite e o SUSE® AI Suite. Mais de 60% das empresas da Fortune 500 confiam na SUSE para alimentar suas cargas de trabalho de missão crítica, permitindo-lhes inovar em todos os lugares — do data center à nuvem, à borda e além. A SUSE devolve o "aberto" ao código aberto, colaborando com parceiros e comunidades para oferecer aos clientes a capacidade de enfrentar os desafios da inovação hoje e a liberdade de desenvolver suas estratégias e soluções amanhã. Para mais informações, visite www.suse.com.

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